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Fundação Hemopa recebe caravanas no Dia Mundial do Doador de Medula Óssea

Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
18/09/2020 09h32

Ivanilson Veiga tem 40 anos e vive no município de Tucuruí. Ele recebeu o diagnóstico de leucemia, recentemente. Enquanto passa por tratamentos intensos e transfusões, ele espera por um doador de medula óssea compatível para a cura da doença. “Quero abrir uma campanha para que todos sejam doadores de medula óssea e de sangue, pois muitas pessoas precisam. Eu estou no banco de espera, por favor, me ajudem”, pediu.

Para ajudar Ivanilson e milhares de outras pessoas, neste sábado (19), quando se comemora o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, a Fundação Hemopa vai receber caravanas solidárias que devem realizar a doação casada, de sangue e de medula óssea, entre elas, a do Batalhão de Polícia de Choque e da Paróquia da Divina Providência, que vão até a sede do Hemopa, na Batista Campos. E, como ação itinerante, a unidade móvel do Hemopa vai estar na sede da Assembleia de Deus, na avenida 14 de Março, das 8h às 16h.

De acordo com o Ministério da Saúde, para a realização de um transplante de medula é necessário a total compatibilidade entre doador e receptor. Considerando que a chance de se encontrar um doador compatível é de 1 para cada 100 mil pessoas. Por isso, quanto mais cadastros de novos doadores, maior as chances de se atestar compatibilidade.

A medula óssea é encontrada no interior dos ossos. Nela estão as células-tronco hematopoéticas que produzem hemácias, os leucócitos que são parte do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação. Este órgão pode salvar a vida de pacientes com leucemia, aplasia medular óssea e síndromes de imunodeficiência congênita, por meio da compatibilidade e transplante.

No Pará, a Fundação Hemopa é referência pelo cadastramento de voluntários para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que fica no Instituto Nacional do Câncer (Inca). De janeiro a junho deste ano, foram cadastrados 2.055 novos doadores no estado do Pará, uma queda de 36% em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 2.749 cadastros. Isso em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). No Brasil, existem 850 pacientes aguardando em fila de espera por um transplante de medula.

“Este decréscimo pode ser notado em meados de março, acompanhando o aparecimento dos primeiros casos da covid-19 no Estado. A queda no número de doações também tem sido atribuída ao receio das pessoas de saírem de casa e à diminuição de campanhas de mobilização para evitar aglomerações”, destacou Patrícia Jeanne, gerente do Laboratório de Imunogenética da Fundação Hemopa.

No mês de setembro, tradicionalmente, celebrado como ‘Setembro Verde’, pela conscientização da doação de órgão, a Fundação Hemopa trabalha o incentivo à doação de medula óssea entre os doadores voluntários de sangue. 

Thiago Bezerra, de 28 anos, está regularmente no Hemopa fazendo a doação de sangue e também faz parte do cadastro de doadores de medula. “É sempre importante ajudar a quem precisa. É uma ação de humanidade como cidadão. Assim que eu for acionado, estarei pronto para doar a medula”, disse o técnico de informática.

Como ser um candidato à doação de medula óssea:

O cidadão preciso comparecer à Fundação Hemopa, munido de seus documentos de identificação (RG, carteira de habilitação, carteira do conselho de classe ou carteira de trabalho), ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não ter câncer, doenças no sangue ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.