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Agricultores de Anajás devem receber R$ 2,5 milhões para manejar açaí

Emater acompanha a produção de 90 famílias ribeirinhas no Marajó e têm expectativa de quadruplicar produção atual de uma tonelada e 700 quilos para mais de cinco toneladas e meia  

Por Aline Miranda (EMATER)
14/07/2020 14h05

A equipe da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) assegura orientação prática e acompanha dia a dia a produção de 90 famílias ribeirinhas do município de Anajás, no Marajó, que por meio de projetos agropecuários sustentáveis, devem receber até o início de setembro R$ 2,5 milhões, de crédito rural para manejar açaizais nativos. Equipe da Emater trabalha para garantir maior e melhor produção

Os beneficiários são 23 agricultores da comunidade Santa Luzia, às margens do rio Mocoões; 31 da comunidade do Zinco, na extensão Igarapé do Zinco; e 36 da comunidade Peixe-Boi, às margens do rio Alto Anajás. 

Os contratos da linha Floresta do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), no valor individual de quase R$ 27 mil e 500, foram assinados com o Banco da Amazônia (Basa), ao longo dos meses de abril, maio e junho, sob uma logística especial de prevenção ao novo coronavírus, executada com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri).   

A equipe de Emater e Prefeitura se deslocou até as propriedades de forma programada, para evitar aglomerações, tomando todas as medidas preventivas necessárias, a exemplo do uso de máscaras e do álcool em gel.

Com a orientação rigorosa da Emater, a partir de uma metodologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) especificamente para manejo de açaí de várzea, cada extrativista trabalhará sobre três hectares e meio. 

Chefe do escritório local da Emater em Anajás, o engenheiro agrônomo José Nilton Pereira comenta as mudanças entre as técnicas tradicionais e as da atualidade. “Não é que os agricultores já não realizem limpeza da área e derrubada estratégica. O caso é que o procedimento da tradição deles ainda é muito intuitivo. Aplicamos outras medidas de grande valia científica, como espaçamento de cinco metros entre as touceiras e manutenção ou recomposição de 12 plantas por touceira (cinco produtivas, quatro jovens e três juvenis)”.

De acordo com o engenheiro agrônomo José Nilton Pereira, o foco das novas práticas são mais qualidade e mais quantidade na produção. A expectativa é que, em até três anos, a produção do fruto regional, hoje com média de uma tonelada e 700 quilos por hectare, quadruplique, alcançando mais de cinco toneladas e meia.