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Pacientes do Ophir Loyola se recuperam da Covid-19

Hospital reduz os efeitos da pandemia e salva vidas por meio de metodologia que otimiza recursos

Por Leila Cruz (HOL)
05/06/2020 13h35

O transplantando renal, Emano GIl, 41 anos, chegou ao hospital Ophir Loyola com um quadro clínico de Covid-19 considerado grave e de difícil reversão. Com a saturação de oxigênio de 51%, ele recebeu os primeiros socorros na Unidade de Atendimento Imediato, onde são atendidas as urgências e emergências de pacientes oncológicos e renais e que, devido à pandemia, teve a estrutura dividida em “oncológicos” e “ covid-19”.

Após receber os cuidados necessários, Emano foi transferido para a clínica de internação exclusiva para atender pacientes com esse perfil. “Eu cheguei muito mal, queria respirar e não conseguia, isso é desesperador.  Agradeço ao corpo clínico por toda dedicação, por salvar a minha vida. É uma doença muito séria, peço que as pessoas tenham mais cautela e respeitem o isolamento social. O vírus tira o nosso fôlego de vida, por isso eu me considero um vitorioso”, relata.

Os pacientes oncológicos e renais fazem parte do grupo de risco e pode desenvolver a forma mais grave dos sintomas do novo coronavírus. Foi pensando nessa realidade que o Hospital Ophir Loyola elaborou um Plano de Resposta Hospitalar, por meio da consultoria do Projeto Lean nas Emergências do Ministério da Saúde e do Projeto Todos pela Saúde do Banco Itaú, ambos sob a tutoria do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo.  O objetivo é reduzir os efeitos da pandemia na unidade de saúde.

comissão especial de enfrentamento a covid -19Uma das principais medidas consiste na separação do fluxo de atendimento para que os pacientes sintomáticos respiratórios não circulem nos mesmos setores que os usuários assintomáticos. Todos os pacientes e acompanhantes são submetidos à triagem mediante a verificação de sintomas, como febre, manchas no corpo, tosse, dor na garganta e falta de ar.

Caso o paciente apresente dois ou mais sintomas será encaminhado à Unidade de Atendimento Imediato. A enfermeira Samanta Miranda, coordenadora do Projeto Lean nas Emergências no HOL, explica que logo ao chegar para o atendimento, o paciente recebe a classificação pelo Serviço de Acolhimento e Classificação de Risco (Sacri). 

“A enfermagem segue o protocolo estabelecido pela Comissão de Controle à Infecção Hospitalar (CCIH) do HOL, baseado nas orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Ministério da Saúde. Assim determina se o paciente deverá receber atendimento por intercorrências meramente oncológicas ou se há uma suspeita de coronavírus para que seja direcionado ao ambiente em conformidade com sintomatologia apresentada", detalha Samanta.

O paciente sintomático respiratório é atendido por médico do consultório Covid-19, definindo se o mesmo poderá receber alta e ficar em isolamento domiciliar ou terá necessidade de ficar internado.  Em caso de internação, o usuário suspeito da Covid-19 será transportado para o 5º e 6º andar, totalizando 31 leitos de enfermaria reservados para atender somente os usuários com esse perfil, pacientes foram internados com a doença viral no hospital.

Leonice Cardoso, 53, precisava ser assistida por uma intercorrência do câncer de colo de útero e, após apresentar cansaço, foi submetida a exames. A tomografia constatou que todo o pulmão estava comprometido. Ela precisou ficar internada durante sete dias.  O filho Alex, 31 anos, nem imaginava que a mãe estivesse infectada pelo novo coronavírus.

“Eu só acreditei porque aconteceu com alguém próximo. Daí caiu a ficha e tive a noção do quanto é grave, a pneumonia é severa, não brinquem com isso. Hoje minha mãe está recuperada ao lado dos filhos graças à dedicação dos profissionais do hospital, foram muito atenciosos”, comemora.