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Emater faz adaptações e mantém liberação de crédito rural em Tracuateua

Servidores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural realizam cadastro de agricultores de porta em porta

Por Aline Miranda (EMATER)
01/06/2020 12h57

Os projetos de crédito elaborados visam a expansão e melhoramento do plantio de mandioca

Agricultores de Tracuateua, no nordeste do Pará, não deixaram de ter acesso ao crédito rural, apesar da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Os servidores do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) adaptaram o método de atendimento e agora estão indo pessoalmente de propriedade em propriedade, uma por vez, de máscara e com álcool em gel, para que as famílias assinem os contratos sem precisar sair de casa. 

No final de maio, cinco processos foram concluídos. Outros 16 estão em fase de efetivação. A única presença física obrigatória será na hora de receber o dinheiro, a ser liberado nos próximos dias. 

A medida não apenas evita aglomerações no prédio da Emater, como também resguarda a saúde dos agricultores no sentido de quarentena, muitos deles de grupos de risco. É comum, por exemplo, a solicitação de crédito referir-se no nome do patriarca ou da matriarca, em geral idosos.

Livres da necessidade de se deslocar, os agricultores acabam poupando, ainda, em relação a gastos com transporte e alimentação, já que muitas comunidades contempladas ficam distante cerca de 20 km da sede de Tracuateua e as operações tramitam nas agências bancárias do município-pólo, Bragança, o que significa pelo menos o dobro de distância. 

“A intermediação em relação à crédito rural para a agricultura familiar é uma função típica da Emater: nós não paramos, até porque a agricultura não pára e a necessidade de recursos é emergencial. Com a pandemia e com tecnologias que permitem que alimentemos online os sistemas, repassamos a demanda qualificada até os bancos e voltamos com o resultado direto até o agricultor”, explica o chefe do escritório local da Emater em Tracuateua, o técnico em pesca e gestor ambiental Nadson Oliveira. 

Os projetos de crédito elaborados agora visam a expansão e melhoramento do plantio de mandioca, dentro de duas linhas: micro, “B”, no valor de R$ 2.500,00, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com o Banco da Amazônia, para três famílias da Vila dos Clementes e outras três da Comunidade do Nanã, e “custeio”, no valor médio de R$ 14 mil, com o Banco do Brasil, para 15 famílias da Vila Fátima. 

De acordo com o técnico em agropecuária e engenheiro agrônomo Claudenízio Mota, responsável pela pasta de crédito rural do escritório local da Emater, a dinâmica excepcional pode se tornar mais uma alternativa, além da pandemia. “Algumas comunidades são de difícil acesso. Para as famílias, acaba sendo penoso ir e vir até a sede do município várias vezes, para resolver questões que podemos resolver indo até eles, como entrega de documentos. Hoje escaneamos os documentos, possuímos comunicação rápida e direta com os bancos pelo WhatsApp, levamos de volta para assinar: é tudo facilitado, desde que haja planejamento e logística”, detalha.