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Emater busca plantio ecológico de pimenta-do-reino em Baião

Objetivo é verificar, em um período de 18 meses, comportamento das plantas, competição nutricional e produtividade

Por Aline Miranda (EMATER)
02/04/2020 12h07

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Baião, nordeste do Estado, estabeleceu, no início de março, a segunda Unidade de Referência Tecnológica (URT) de tutores para pimenta-do-reino. Tutor é a árvore cujo tronco serve de apoio para o crescimento de plantas trepadeiras, como é o caso da pimenta. A primeira foi criada em fevereiro, dentro da comunidade quilombola São Tomé Bracinho de Icatu, tendo como base o tutor vivo gliricídia. 

Equipe da Emater com o produtor Cleidenilson Lemos, atendido pelo órgãoDesta vez, são 520 plantas de nove cultivares diferentes em meio hectare na comunidade Igarapezinho, mais especificamente na propriedade do agricultor Cleidenilson Lemos, atendido pela Emater há mais de duas décadas. A novidade é que na segunda URT estão sendo acompanhados dois sistemas: o tutor vivo glicirídia e os tutores mortos de madeira durável, já tradicionais, jarana e acapu. As cultivares no estande são: cleo, clonada, bragantina, cingapura, equador, iacara, kottanadan, panakotta e utthirankotta. O projeto tem parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Secretaria Executiva de Agricultura Familiar de Baião (Semaf) e Secretaria Executiva de Meio Ambiente de Baião (Sema). 

O objetivo é verificar, em caráter preliminar em 18 meses, aspectos como comportamento das plantas, competição nutricional e produtividade, entre outros. O experimento com tutores vivos em comparação à tradição dos tutores mortos se relaciona a questões ambientais e de sustentabilidade, visto que a madeira é um recurso escasso e sua extração desordenada pode provocar desmatamento e danos aos ecossistemas. 

“Além de ser uma oportunidade de avaliarmos a adaptação das técnicas à realidade do município, tem-se o fato de que todas a cultivares são plantas já estabelecidas em campo. Em pouco tempo, podemos contar com material genético de qualidade para o processo de multiplicação”, anuncia o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Emanoel Pantoja.