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Manutenção e restauro de museus preservam a história e a cultura de Belém

O Sistema Integrado de Museus reúne quase 100 mil peças, entre mobiliário, esculturas, filmes e objetos sacros

Por Thaís Siqueira (SECULT)
28/01/2020 22h56

Preservar a memória da cidade de Belém requer a manutenção de seus elementos culturais, equipamentos históricos e peculiaridades perpetuados em cada uma das peças expostas nos museus da capital paraense. O Governo do Pará, que por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e do Sistema Integrado de Museus (SIM), contribui para essa preservação realizando periodicamente a limpeza e higienização dos espaços, áreas de guardas e expositivas, vitrines e coleções que compõem os equipamentos que estão sob sua administração.

Casa das Janelas, um dos espaços do SIM, que foi restaurado e devolvido à populaçãoOs museus do Estado reúnem aproximadamente 100 mil peças de todas as tipologias, incluindo mobiliários, pinturas, esculturas, desenhos, filmes, fotografias, indumentárias e joias, além de objetos sacros e arqueológicos do período pré-colonial.

De acordo com Renata Maués, coordenadora do Setor de Preservação, Conservação e Restauração do SIM/Secult, espaços como o Museu de Arte Sacra (MAS); Memorial Amazônico da Navegação, localizado no Mangal das Garças, e o Museu de Gemas do Pará, no Espaço São José Liberto, já receberam manutenção este ano. Também já foi iniciada a manutenção das vitrines do Museu do Forte, que deve ser concluída em fevereiro. Na próxima segunda-feira (3), a equipe de conservação e restauro do SIM retornará ao Memorial da Navegação para finalizar a limpeza de vitrines.

“A conservação desses espaços museais garante a preservação do acervo, estendendo a vida das coleções, e permite que as pessoas possam visitar e ter contato com a própria história do lugar onde vivem. Por isso, é fundamental cuidar de cada peça para possibilitar que as novas gerações tenham a oportunidade de conhecê-las”, frisou Renata Maués.

Sistema Integrado – Só em Belém, fazem parte do SIM o Museu de Arte Sacra; o Museu do Forte do Castelo; a Casa das Onze Janelas; o Museu do Círio; o Museu do Estado do Pará (MEP); o Museu de Gemas do Pará; o Museu da Imagem e do Som; o Memorial Amazônico da Navegação e o Memorial do Porto, na Estação das Docas. Além desses, passou para a responsabilidade do SIM pelo prazo de três anos, por meio de um convênio, o Museu do Marajó, situado no município de Cachoeira do Arari.

Renata Maués informou ainda que, além da manutenção realizada nos espaços museológicos, estabelecida no planejamento do setor, é feita a restauração nos laboratórios de preservação do SIM/Secult, no Museu de Arte Sacra, com o objetivo de devolver ao objeto suas características estéticas e históricas perdidas ao longo do tempo. “A restauração é a última medida, feita quando o objeto já está muito degradado. É importante investir nos procedimentos de conservação para evitar que as coleções sofram danos e necessitem de restauros mais profundos”, acrescentou.

Túnel do tempo - O jornalista Lucas Muribeca contou que, desde criança, visita os museus da cidade durante os passeios de escola ou com os pais. “Sempre foram naturais essas visitas. Mas comecei a ter um olhar mais apurado na adolescência, quando estudava várias obras em sala de aula e depois tinha a oportunidade de ver pessoalmente. Achava incrível ter esse contato com a arte para além dos livros”, disse Lucas.

Para ele, visitar os museus é uma forma de valorizar e preservar a arte e a história. “Os museus guardam fragmentos da história que fazem a cidade ser o que ela é hoje. Então, eu os vejo, na maioria das vezes, como um túnel do tempo, onde podemos visitar e entender um pouco sobre aqueles que estiveram aqui antes de nós, seus costumes, tradições e momentos importantes. Por isso, a manutenção desses espaços é essencial para que cada vez mais pessoas possam conhecer e ter acesso a essas histórias”, ressaltou o jornalista.