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Internos de duas unidades prisionais concluem cursos profissionalizantes

A aprendizagem como estratégia de reinserção social integra as diretrizes do Governo do Pará

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
27/01/2020 19h20

Vinte e nove internos da Cadeia Pública de Jovens e Adultos (CPJA) e da Central de Triagem Metropolitana III (CTM III), localizadas no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, na Região Metropolitana de Belém, concluíram cursos profissionalizantes de eletricista predial e garçom. A entrega dos certificados, pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), ocorreu nesta segunda-feira (27). A ação integra as estratégias de reinserção social dos custodiados pelo sistema penitenciário do Pará.

Os cursos foram ofertados aos internos por meio de uma parceria entre a Seap e a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). Na Cadeia Pública foi realizado o curso de garçom, com carga horária de 100 horas, para 14 internos, no período de 18 de novembro a 20 de dezembro de 2019. Já na CTM III, 15 alunos participaram do curso de eletricista, com carga horária de 160 horas, no período de 11 de novembro a 20 de dezembro do ano passado.

Os internos que participam dos cursos recebem kits estudantis, com camisa, bolsa, caderno, lápis e borracha, além de lanche durante as aulas. “Eu só tenho a agradecer. Tenho curso de eletricista e roçador. Um desses cursos eu creio que vai servir lá na frente, quando eu sair daqui e construir minha família. Como está escrito na camisa do nosso curso: 'Escrevendo e reescrevendo a nossa história'. Eu creio que vou escrever uma nova história daqui para frente”, disse um dos internos certificados.

Além das capacitações de eletricista e garçom, também são ofertados cursos de marcenaria e panificação e culinária básica, que serão concluídos neste primeiro semestre. O diretor de Reinserção Social da Seap, Belchior Machado, disse acreditar que neste ano será ampliada a oferta de capacitações aos custodiados do Pará. “A Seap quer garantir, a partir de 2020, melhores perspectivas de educação e trabalho para as pessoas privadas de liberdade, o que é fundamental para a execução da pena de forma digna. Todo o nosso trabalho, esforço e emprenho não têm outro motivo senão a reinserção social, que é a missão da nossa Secretaria”, acentuou.

A seleção dos participantes dos cursos é feita pelos gestores da unidade penitenciária, que avalia comportamento e tempo de pena dos internos. Foram ofertadas 179 vagas em diferentes cursos, ministrados em seis casas penais da Região Metropolitana de Belém. Além da CPJA e da CTM III, participaram da ação o Centro de Recuperação de Belém (CRC), a Central de Triagem Metropolitana II (CTM II), o Centro de Recuperação Feminino (CRF) e o Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I).

Aprendizagem - Outro custodiado da Cadeia Pública disse que os cursos ofertados pela Seap são importantes para a reinserção social dos internos, e possibilitaram que ele já tenha uma profissão. “Mecânica, serigrafia e eletricista são cursos que trazem uma aprendizagem para a gente, que podemos exercer lá fora. Inclusive eu já trabalho na parte de artes como serigrafista. Então, já agreguei para minha vida essa profissão”, contou.

O diretor do CTM III, Geraldo Gomes, informou que, quando forem egressos do sistema penitenciário, os internos terão uma capacitação para exercer em qualquer empresa, e também poderão trabalhar de forma autônoma. “Todos agradeceram pela oportunidade do curso, pois anteriormente os mesmos não tinham essa possibilidade", destacou. 

O coordenador de Segurança da CPJA, Paulo Braga, acompanhou os internos que participaram dos cursos e disse que todos ficaram satisfeitos com a oportunidade. “Eles acharam proveitoso. É até uma forma de passar mais rápido o tempo deles no cárcere e de incentivar os outros internos a participarem também”, disse Paulo Braga.