Emater vai instalar campos de manejo de bacurizal em Abaetetuba
Ação ocorrerá em quatro propriedades com potencial para o fruto, na comunidade Cataiandeua
Nesta terça-feira (21), o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Abaetetuba, no nordeste do Pará, fará a primeira vistoria em quatro propriedades com potencial, e interesse dos proprietários, para ser transformadas em campos-piloto de manejo de bacurizais nativos. O cronograma visa a princípio a comunidade Cataiandeua e foi definido a partir de uma reunião, na semana passada (14), no sítio Tooru Ikeda, com agricultores e estudantes do Instituto Federal de Educação do Pará (IFPA).
De acordo com dados da Emater, mais de 100 localidades abaetetubenses apresentam perfil ideal de incidência nativa das plantas e, mesmo assim, a produção comercial de bacuri no município é irrisória, obrigando à importação de outras regiões, para suprir o consumo.
Por desconhecimento sobre tratos culturais e falta de estímulo para a atividade, as famílias desperdiçam a colheita e ainda mantêm um aglomerado de plantas derivadas da mesma raiz, as quais acabam ociosas, sem frutificação, por conta da não-diversidade genética.
“A devida intervenção científica – como limpeza da área, adequação de espaçamento e inserção de material genético múltiplo – pode garantir um aumento considerável de produtividade, até 60 vezes mais, e controle de qualidade dos frutos e da safra, resultando em crescimento do mercado de fruta e de polpa. Alcançamos frutos mais doces, maiores e em mais quantidade, no mesmo tamanho de área”, explica o engenheiro agrônomo da Emater, Flávio Ikeda.
As experimentações iniciais constarão de 0,25 hectare, com pelo menos cinco genótipos diferentes. Em dois anos, será possível verificar dados preliminares da performance de produção.
