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SAÚDE PÚBLICA

Primeira policlínica pública do Estado fará 25 mil atendimentos ao mês

Com inovações na estrutura física e equipamentos, a Poli Metropolitana oferece à população mais de 30 especialidades clínicas e cirúrgicas

Por Carol Menezes (SECOM)
13/01/2020 23h11

Governador Helder Barbalho e demais autoridades diante do tomógrafo mais moderno do ParáJá começa a funcionar nesta terça-feira (14) a Poli Metropolitana, unidade ambulatorial com mais de 30 especialidades médicas e capacidade para 1.500 atendimentos diários. O governador Helder Barbalho participou da inauguração da unidade de saúde, construída no campus de Ciências Biológicas da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no bairro do Marco, em Belém. Com três andares, a Poli Metropolitana oferece atendimento clínico e cirúrgico, além de exames e outros procedimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A unidade também contribuirá com as áreas de ensino, pesquisa e formação de profissionais de Saúde, uma vez que as consultas e procedimentos serão também realizados por profissionais de cursos de especialização ministrados na Uepa.

Acompanhado da primeira-dama, Daniela Barbalho; do vice-governador, Lúcio Vale; do secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame; da secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, deputado Daniel Santos, o governador Helder Barbalho ressaltou que a criação de policlínicas nas 12 mesorregiões do Pará integra a agenda de governo.A Poli Metropolitana, construída ao lado do Campus da Uepa, em Belém

"Uma das propostas centrais da nossa estratégia é de que a atenção básica tem de ser apoiada pelo Estado. Por isso, entregamos, só no ano passado, o Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), o Hospital Regional dos Caetés, em Capanema, e devemos concluir o de Abaetetuba ainda no primeiro semestre deste ano", detalhou Helder Barbalho, confirmando que serão iniciadas em 2020 obras no Hospital Regional de Castanhal, na Santa Casa do Pará e Hospital Ophir Loyola (HOL), além da construção do primeiro Hospital Público da Mulher e do Pronto Socorro do Benguí.

Investimento - A obra da Poli Metropolitana, iniciada em 2017, representa um investimento de cerca de R$ 20 milhões. São 52 consultórios e demais áreas para atendimento de pacientes encaminhados pelo SUS, com base em solicitações feitas por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Não haverá atendimento de livre demanda.

"Queremos garantir que para ter os serviços em saúde com profissionais especializados e estrutura de equipamento não seja necessário viajar para outra cidade ou região", complementou o governador. Um dos equipamentos disponíveis é o tomógrafo mais moderno o Estado, avaliado em quase US$ 600 mil. O tomógrafo é o único com 128 canais. Até então, o Estado só dispunha de equipamentos com 64 canais. Isso significa altíssima qualidade de imagem e precisão no diagnóstico.

Governador Helder Barbalho, o vice-governador Lúcio Vale, o secretário Alberto Beltrame e outras autoridades no ato de inauguraçãoCom mais de 2.500 metros quadrados de área construída e três pavimentos, a nova unidade ambulatorial de média complexidade vai oferecer serviços em mais de 30 especialidades clínicas e cirúrgicas, além de exames e diversos procedimentos ambulatoriais.

Suas instalações foram padronizadas para dar acessibilidade aos usuários, respeitando normas estruturais e sanitárias. Por isso, dispõe de dez salas de recepção, com capacidade para 350 pessoas em espera de atendimento, simultaneamente.

Novo conceito - O governador Helder Barbalho disse que a nova unidade tem um conceito estratégico para descentralizar e desafogar o atendimento médico especializado, facilitando o acesso dos usuários do SUS às especialidades clínicas e cirúrgicas, inicialmente de Belém e demais municípios da Região Metropolitana, com a perspectiva de 25 mil atendimentos por mês em diversas especialidades.

“Nós nos comprometemos, no plano de governo, que espalharíamos policlínicas nas 12 mesorregiões do Estado. Neste momento, nós estamos entregando a Policlínica da Região Metropolitana, e avançaremos para chegar com esse conceito de descentralização e atendimento a todas as demais mesorregiões”, afirmou Helder Barbalho.

O governador ressaltou a importância da interface da nova unidade com a Universidade do Estado do Pará (Uepa), para a parceria de ensino com os cursos da área de Saúde. “Por isso, parte desta estrutura estará destinada ao ensino, contribuindo para a formação de profissionais de Saúde e, com isso, garantindo a qualidade da mão de obra e também interagindo na formação de novos profissionais da área médica e áreas correlatas”, frisou o governador.

Inovação - Além de enfatizar que a entrega da Policlínica é um momento histórico para a saúde no Pará, o secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, destacou o conceito de sustentabilidade da nova unidade. “É um prédio inteligente, que inova em vários aspectos. Quero destacar aqui a grandeza da Policlínica Metropolitana, tanto pelas especialidades quanto pelos equipamentos que dispõe. O tomógrafo é o mais moderno que existe no Pará, que permite uma aquisição de imagem muito mais precisa e detalhada, e permitirá, certamente, o melhor diagnóstico dos pacientes aqui atendidos”, reiterou o secretário de Saúde.O secretário Alberto Beltrame destacou o conceito de sustentabilidade da unidade

Segundo ele, a nova unidade vai desafogar a cidade de Belém, a Região Metropolitana e até todo o Pará, porque sua capacidade instalada é considerada incomum. “Nós estamos aqui dentro de um grande empreendimento, que vai mudar a forma do atendimento às pessoas nas especialidades mais importantes, em que ainda há uma enorme demanda reprimida e tempo de espera”, disse Alberto Beltrame, ressaltando que o serviço será regulado pela Central de Regulação, e as secretarias Municipais de Saúde terão acesso à agenda.

O reitor da Uepa, Rubens Cardoso da Silva, declarou que é muito importante para os alunos terem à disposição um espaço dessa natureza. “Isso melhora muito o processo de ensino e aprendizagem. Vamos sair do ensaio e do acerto casual para trabalhar, realmente, com diagnósticos mais ajustáveis. A formação de pessoal que a Uepa proporciona também é um grande ganho para a sociedade paraense”, afirmou o reitor, acrescentando que "para nós, que operamos uma instituição com cursos da Saúde extremamente interiorizados, a significação de ter um espaço desses dentro do nosso centro de Ciências Biológicas dá o testemunho de que precisamos convergir interesses e objetivos dentro da estrutura do Estado".

O deputado Daniel Santos, ex-aluno da Uepa, vê a unidade como um marco para o ensinoO presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Daniel Santos, ex-aluno da Uepa, também considera a entrega da unidade um marco para o Estado e para o ensino. Segundo ele, na época em que era estudante precisava se deslocar até outras instituições para ter acesso à prática, e hoje o governo do Estado oferece a oportunidade aos estudantes de terem esse acesso dentro da própria Universidade. “Governador, o senhor está contribuindo não só para a saúde do presente, para a pessoa que sai da sua casa e vem a uma consulta, mas sim para que a gente forme novos profissionais, que vão ajudar a cuidar da saúde da nossa população”, declarou o parlamentar, falando diretamente ao governador.

Acesso ao ensino Para o estudante do 5º semestre de Medicina Daniel Marinho, presidente do Centro Acadêmico de Medicina, a primeira Policlínica do Pará tem uma grande relevância para a população e o aprendizado em Saúde, porque os alunos terão acesso aos diversos níveis e especialidades na área de Saúde que serão oferecidas na unidade. “É importante porque grandes centros, como a Universidade de São Paulo (USP), já possuem serviços especializados em diversas áreas e possibilitam o contato dos estudantes com os atendimentos. O curso de medicina da USP é o melhor do Brasil porque consegue mesclar a aprendizagem teórica, que se restringe à Universidade, com os atendimentos ambulatoriais feitos em setores especializados, como a Policlínica vai oferecer”, explicou o estudante.

A policlínica possui 52 consultórios para atendimento em mais de 30 especialidadesEm relação à expansão citada pelo governador Helder Barbalho, o estudante disse que representa uma otimização da saúde, porque o atendimento não ficará mais restrito à capital, para onde são encaminhados muitos pacientes do interior. “A expansão de unidades que tenham o mesmo perfil vai possibilitar atendimentos em diversos níveis de Saúde para várias populações, e não apenas a um nicho”, acrescentou Daniel Marinho.

Instalações - São 52 consultórios médicos para consultas nas áreas de Cardiologia, Pneumologia, Hematologia, Reumatologia, Nefrologia, Gastroenterologia, Hepatologia, Geriatria, Neurologia, Alergia e Imunologia, Psiquiatria, Medicina Interna, Infectologia, Cirurgia Geral, Colo Proctologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Torácica, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica, Urologia, Ortopedia, Neurocirurgia, Anestesiologia, Ginecologia e Obstetrícia, Mastologia, Otorrinolaringologia, Oftalmologia, Pediatria Geral e especialidades pediátricas.

Além dos consultórios, a unidade conta com 25 salas para exames de análises clínicas, de imagem e métodos gráficos, como tomografia computadorizada, mamografia digital, ultrassonografia (geral e doppler), densitometria óssea, raios-X digital, testes funcionais, ecocardiograma; eletrocardiografia; teste ergométrico; mapa; holter; eletroencefalograma; eletroneuromiografia; espirometria; endoscopia digestiva alta; colonoscopia; retosigmoidoscopia; audiometria; Bera; impedanciometria; ressonância magnética; medicina nuclear; iodoterapia; polissonografia; cateterismo cardíaco (diagnóstico) e angiografia digital.

A estrutura da Policlínica comporta também 12 boxes para coleta laboratorial; duas salas de cirurgias ambulatoriais; duas salas para recuperação pós-anestésica, com dois leitos cada uma; uma sala de urgência médica equipada para suporte às possíveis intercorrências, com acesso facilitado para ambulâncias; uma Farmácia Satélite e um centro de distribuição para armazenamento de medicamentos e insumos hospitalares.

Uma estrutura que permitirá à Policlínica Metropolitana realizar 25 mil consultas por mês e até 190 mil exames, contribuindo significativamente para reduzir a demanda reprimida e ampliar o acesso da população da Região Metropolitana de Belém às consultas especializadas. O atendimento médico terá o apoio de profissionais de Enfermagem, Serviço Social, Nutrição, Psicologia e Fisioterapia.Espaços amplos e confortáveis para receber usuários do SUS

Sustentabilidade - Construída por meio de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Obras Públicas (Sedop) e Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a Policlínica possui sistema de captação de água da chuva para reaproveitamento, estação de tratamento de esgoto e usina de geração de energia solar, para melhor aproveitamento interno da luz solar, a fim de otimizar o consumo de energia elétrica.

A primeira Policlínica do Pará também vai gerar mais de 200 postos diretos de trabalho, com funções nas áreas de assistência e cuidado ao paciente, e áreas administrativas. Será, ainda, a porta de entrada de dezenas de jovens ao mercado de trabalho, por meio de parcerias, em que serão ofertadas vagas de estágio para estudantes de cursos técnicos e de nível superior. (Com a colaboração da Ascom/Sespa).

Serviço:

A Poli Metropolitana fica na Dr. Freitas S/N, esquina da Almirante Barroso - bairro: Marco. Atenderá de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 h, pacientes encaminhados das Unidades Básicas de Saúde da Região Metropolitana de Belém, com consulta agendada por meio da Central Estadual de Regulação (CER).