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Fundação Hemopa investe na acessibilidade para doadores com deficiência

Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
03/12/2019 16h49

Limitação física não é empecilho para a doação de sangue. A acessibilidade com rampas e espaços amplos na recepção de doadores e na Sala de Coleta de sangue da sede da Fundação Hemopa (Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia), em Belém, proporciona um trânsito tranquilo para pessoas que têm algum problema de locomoção.

O jogador de basquete em cadeira de rodas Alexandre Vieira e colegas aprovaram as facilidades de acesso à Fundação HemopaNo Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – 3 de Dezembro, Cláudio Oliveira, cadeirante, reforçou a importância da facilidade de acesso ao principal centro de coleta de sangue na capital paraense. Paraplégico em função de cinco tiros que levou durante um assalto, ele fez sua primeira doação de sangue em novembro. “A minha vida ficou por um fio. Mas como tive a oportunidade de viver, eu quero proporcionar o mesmo para tantos pacientes que precisam de sangue nos hospitais. Eu não precisei receber bolsas, mas convivi com várias pessoas durante a minha recuperação no hospital que fizeram várias transfusões”, contou Cláudio Oliveira.

O jogador de basquete em cadeira de rodas Alexandre Vieira também frisou a importância da acessibilidade. “Eu estou muito feliz em não encontrar dificuldade nenhuma para entrar na unidade e doar. A acessibilidade é maravilhosa. E o mais importante de tudo é poder ajudar ao próximo. Não tem preço”, afirmou.

“Muitas pessoas acreditam que, por não terem uma perna, um braço, ou por serem cegos ou surdos, não podem doar sangue. E isso não é verdade. Eu chamei todos os meus colegas do time de basquete em cadeira de rodas para este ato de amor. E muitos estão aqui pela primeira vez, justamente por falta de conhecimento”, acrescentou o paratleta.

Visibilidade - Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 10% da população mundial possuem algum tipo de deficiência. O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência foi instituído para dar visibilidade à importância de proporcionar a inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD) na sociedade e falar mais abertamente sobre o assunto.A rampa na entrada do hemocentro permite a acessibilidade exigida por lei

Em dezembro de 2000 foi aprovada a Lei n° 10.098, mais conhecida como Lei da Acessibilidade, que estabelece “normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação”. As determinações da Lei são acatadas pela Fundação Hemopa, que investe no conforto e na facilitação do acesso a seus usuários.

Pela primeira vez, Rafael Brito, que caminha com o auxílio de muletas, entrou no prédio do hemocentro para doar sangue. “A rampa de acesso é essencial para nos ajudar a entrar nos estabelecimento, e isso o Hemopa nos favoreceu. A inclusão começa nesses pequenos detalhes. Entrei, fui atendido normalmente e não encontrei limitações”, ressaltou.

Os critérios básicos para a doação de sangue são: ter entre 16 e 69 anos, sendo que menores de idade devem estar acompanhados por um responsável legal. A primeira doação só pode ser feita até os 60 anos. O doador precisa pesar mais de 50 kg e estar bem de saúde. Antes da doação é preciso estar bem alimentado.