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Oficina debate novas estratégias para enfrentamento da hanseníase

Reduzir os casos da doença é uma das principais metas

Por Roberta Vilanova (SESPA)
21/11/2019 10h37

Com o objetivo de apresentar a “Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019/2022”, e elaborar estratégias diferenciadas de combate a doença considerando a realidade e as peculiaridades de cada estado e município, a Secretaria de Saúde do Pará realizou, na quarta-feira (20), promoveu a Oficina de Planejamento de Ações Estratégicas para Enfrentamento da Hanseníase – Macrorregional Norte. 

O evento, que é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE), teve a participação de representantes do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais de Saúde do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins e Amapá, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) de nove municípios de cada estado da região. 

Para reduzir a carga de hanseníase no Brasil, inclusive, já foram definidas algumas metas pelo Ministério da Saúde. Uma delas é reduzir em 44% o número de crianças com grau 2 de incapacidade física em hanseníase; baixar para 5,5 por um milhão de habitantes a taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade e implantar canais para registro de práticas discriminatórias às pessoas acometidas pela hanseníase em 100% das unidades da federação.

O coordenador estadual de Controle da Hanseníase, Bruno Pinheiro, disse que o estado do Pará, junto com todos os estados do Norte, vai se alinhar às ações pré-determinadas para o alcance dos objetivos e dos indicadores. “Para alcançar o objetivo principal, que é reduzir a carga de hanseníase no país, precisamos ser vigilantes em relação ao diagnóstico precoce, evitando incapacidades de grau 2 e vigilantes no que tange ao combate ao estigma, que faz parte dos pilares da estratégia”, explicou Bruno.

Ele informou que na oficina, cada município foi identificado em um subgrupo, em que haverá uma linha de ações a serem desenvolvidas para a melhoria e alcance dos indicadores seguindo a estratégia. Cada município terá produzido, ao final da oficina, um Plano de Ações a pactuadas e depois apresentadas ao Conselho Municipal de Saúde e validadas em nível regional para serem implementadas. “Então, os entes representativos da área de hanseníase tiveram a oportunidade, neste primeiro dia, de se comprometerem em juntos trabalharem essa nova estratégia proposta pelo Ministério da Saúde”, afirmou o coordenador estadual.

Na solenidade de abertura, o diretor de Vigilância em Saúde da Sespa, Amiraldo Pinheiro, parabenizou o Ministério da Saúde pela escolha da metodologia a ser utilizada na oficina. “Trabalhar com estratos epidemiológicos é favorável porque os municípios e os estados têm situações diferentes inclusive dentro do mesmo território. Cada área tem que ser trabalhada de forma diferente. Então, essa abordagem que o Ministério da Saúde vai adotar para os próximos quatro anos, é muito interessante”, comentou o diretor da Sespa, alertando, no entanto, que a hanseníase é um indicador muito mais socioeconômico do que de saúde. “Tem que levar em consideração esses aspectos na hora de estabelecer as estratégias de combate à doença”, observou Amiraldo.

Amiraldo espera, também, que o trabalho leve em conta as evidências científicas mais recentes e se desenvolva de forma coerente e democrática, pois um evento dessa natureza serve exatamente para isso. “Para que se entre em consenso em cima de discussões baseadas em evidências cientificas, que, muitas vezes, podem ser relativas. Que esgotem sempre cada temática de maneira bem aberta e democrática, pois não existem verdades absolutas, existem discussões, consensos, tudo de forma democrática”, concluiu.

Além de Amiraldo Pinheiro e Bruno Pinheiro, compuseram a mesa de abertura a representante da Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) do Ministério da Saúde, Jurema Brandão; o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Charles Tocantins; o representante do Morhan, Elenilson de Souza; e o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), Cláudio Salgado.

A Oficina de Planejamento de Ações Estratégicas para Enfrentamento da Hanseníase – Macrorregional Norte prossegue nesta quinta-feira (21), com as oficinas de trabalho e debates sobre diversos temas relacionados à execução da nova estratégia.