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ParáPaz leva diversão e presenteia pacientes em Hospital Oncológico Infantil

A visita ao Oncológico Infantil na manhã de terça-feira (5), em Belém, encerrou as ações referentes ao projeto, arrancando sorrisos e promovendo interação entre funcionários, professores, pacientes e familiares ali presentes.

Por Nathalia Mota (PARAPAZ)
06/11/2019 16h50

Proporcionar entretenimento, lazer e descontração às crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, é parte do projeto “Semana da Valorização à Infância” desenvolvido pela Fundação ParáPaz para atender usuários dos polos e pacientes do Hospital Oncológico Octávio Lobo, referência em diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil no estado.

A programação contou com dezenas de crianças, que na brinquedoteca do hospital, participaram de palestra para prevenção à saúde bucal, musicalização com fantoches, ouviram atentamente lindas histórias infantis, cantaram e dançaram. Ao final, diversos brinquedos foram entregues a elas, tornando o momento ainda mais especial.

Com vasta experiência no ensino infantil, Ray Tavares, presidente da Fundação ParáPaz, liderou diversas brincadeiras e ressaltou a satisfação com a realização do projeto. “A Fundação é um braço de ação de políticas públicas do governo e é nosso dever amparar, trazer dignidade e cidadania, o que é de direito às crianças. Nosso objetivo é mostrar às famílias, à sociedade e às próprias crianças que elas têm valor. E que independente da situação que se encontram, podem ter qualidade de vida, ser felizes e brincar”, finalizou a pedagoga.

Katiane da Silva, conta que embora tenha que lidar diariamente com a doença de seu neto, de apenas 3 anos, viveu momentos de alegria durante as apresentações. “Estamos há 2 meses direto aqui acompanhando o tratamento dele com quimioterapia, e rir um pouco me fez bem, ele é um pouco tímido, mas também se divertiu e gostou do brinquedo”, comentou.

Como muitos pacientes não puderam se deslocar até a brinquedoteca, a visita continuou nos leitos. De repouso e há 1 mês internado, E. K, 8 anos, abriu um sorriso quando viu a equipe de colaboradores entrar no quarto com as mãos cheias de brinquedos. “Quero o avião com o carrinho”, disparou o menino, que trata um câncer nos rins. A tia, que o acompanhava, ficou muito emocionada e não se cansava de agradecer. “Somos de Castanhal e é difícil receber visita. Às vezes a gente aqui em silêncio e chega alguém pra conversar e acaba renovando a nossa fé, deixando a gente mais feliz”, disse Rosiane da Silva, se despedindo com um abraço.

“Enfrentar um câncer é sempre muito doloroso, ainda mais na infância, quando as crianças acabam interrompendo sonhos para viver longos períodos de internação. Ações como essas completam nosso trabalho de cuidar das crianças de uma forma humanizada, com a valorização da cultura e principalmente dessa fase da infância que eles precisam viver e experimentar",  comentou Alba Muniz, diretora do hospital.

Classe hospitalar – Ainda durante a visita, colaboradores da Fundação conheceram a sala de aula da Classe Hospitalar e o trabalho desenvolvido pelos profissionais.  O professor referência, Roberto França, explica que o programa “garante a continuidade do ensino aos alunos pacientes para que eles não percam o ano escolar em virtude do tratamento médico”. As aulas são ministradas de segunda a sexta-feira, e 37 alunos pacientes estão matriculados. “Somos uma equipe de professores e atendemos fundamental I, fundamental II e ensino médio”, disse Fernanda Costa, coordenadora do programa. Que finalizou dizendo o quanto estava contente. “A visita de vocês trouxe uma distração diferente para eles. As portas estão sempre abertas”.

Com a sensação de dever cumprido, Ray Tavares agradeceu a receptividade. “Para nós é importante tentar mostrar que a doença é um detalhe e que ela pode ser curada. Mais do que trazer brinquedos, trouxemos fé, esperança e alegria”.  E parabenizou o trabalho realizado pela equipe médica e professores. “Deixamos aqui o nosso reconhecimento. Isso aqui é mais do que profissionalismo, o que vocês dão é amor, é doação. Vir hoje foi uma porta de entrada”, concluiu a gestora.