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Profissionais discutem estratégias para redução da mortalidade neonatal

Por Etiene Andrade (EMATER)
17/10/2019 19h24

Os profissionais avaliaram rotinas do atendimento materno e de recém-nascidosA 4ª Oficina da Estratégia Qualineo, realizada pelo Ministério da Saúde, reuniu nos dias 16 e 17 (quarta e quinta-feira), na Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, integrantes das equipes multiprofissionais das maternidades da Santa Casa, do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna e do Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria (em Bragança); tutores do Método Canguru, que atuam na Rede Básica de Saúde, e gestores da área de saúde. Na oficina, que durou dois dias, foram avaliadas as rotinas do atendimento materno e de recém-nascidos nas unidades hospitalares, assim como os indicadores relacionados às práticas de atendimento.

O local escolhido foi a Santa Casa, por ser o hospital de referência no Estado em cuidados maternos e neonatais, e também por atuar na formação de profissionais especializados e na capacitação em práticas que contribuem para a redução da mortalidade, como o incentivo ao aleitamento materno e o Método Canguru. “Essa é uma ação importante para as maternidades e para o Estado, pois nessa oficina há uma troca de experiências entre os profissionais das maternidades, o que faz que haja uma disseminação da melhoria da Assistência Neonatal, contribuindo para a redução da mortalidade neonatal”, informou a médica Salma Saraty, gerente de Neonatologia da Santa Casa.A oficina reuniu profissionais de várias maternidades da capital e do interior, tutores e gestores da saúde

A pediatra Ana Cristina Guzzo, coordenadora estadual de Saúde da Criança, considera que a estratégia vem sendo fundamental para a organização dos processos da assistência qualificada ao recém-nascido de alto risco. “A estratégia tem o foco na redução da mortalidade neonatal, mas contribui para a organização de todos os processos na maternidade, garantindo também uma atenção humanizada ao recém-nascido. E tudo isso tendo como referência o acompanhamento dos indicadores, que vão dar uma fotografia de como está funcionando essa unidade”, explicou Ana Cristina Guzzo.

A assistente social Amanda Brandão atua na Unidade de Saúde da Marambaia, em Belém, e também é tutora do Método Canguru. Ela acredita que a integração com as equipes hospitalares durante a Estratégia possibilita a troca de experiência e a continuidade do atendimento adequado ao recém-nascido, após a alta hospitalar, que também é uma forma de reduzir a mortalidade infantil. “Quando o bebê recebe alta, ele sai do ambiente controlado do hospital. Mas esse bebê, muitas vezes prematuro e de baixo peso, precisa continuar sendo bem assistido pela família e na Unidade de Saúde. Aí, é nosso papel continuar orientado essa mãe sobre os cuidados necessários com o bebê”, ressaltou Amanda Brandão.

Atenção primária - Segundo Renara Araújo, consultora da Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, a mesma atenção precisa ser dada também antes do nascimento. “A porta de entrada no sistema de saúde é a atenção primária. Então, a gente precisa trabalhar os profissionais da atenção primária para receberem essa criança que vem prematura, um bebê que precisa de mais cuidados, e também pensar o antes, que é o planejamento reprodutivo e o pré-natal, visando justamente à redução da prematuridade, que é um fator de risco para o óbito neonatal”, ressaltou a consultora.

A Santa Casa sediou a oficina por ser o hospital de referência no Estado em cuidados maternos e neonataisA Estratégia Qualineo é uma ação do Ministério da Saúde lançada em 2017, que vem oferecendo apoio técnico às maternidades de estados das regiões Norte e Nordeste para qualificação das práticas de gestão e atenção ao recém-nascido, a fim de que possam contribuir para a redução da mortalidade neonatal. A estratégia também promove a integração dos programas estratégicos do Ministério da Saúde voltados à qualificação da assistência e redução da mortalidade neonatal.

As maternidades que passaram pelo Qualineo vão continuar sendo acompanhadas com suporte e orientação técnica do Ministério da Saúde, por meio do Portal de Boas Práticas, e devem atuar no matriciamento no estado, que é o compartilhamento dos conhecimentos obtidos para a melhoria das práticas de atendimento aos recém-nascidos de outros hospitais.