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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

‘Corrida Doando Pela Vida’ reúne centenas de pessoas na orla de Santarém

Por Karla Lima (HRBA)
14/10/2019 11h33

O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), unidade do governo do Estado, realizou a I Corrida Doando Pela Vida, no domingo (13), em Santarém, oeste do Pará. Na oportunidade, centenas de pessoas aderiram à iniciativa que busca incentivar a doação de órgãos na região. Foram 300 inscrições oficiais, além do apoio de dezenas de corredores e grupos de corrida da cidade.

Com percurso de 5 km e largada da frente do Centro Cultural João Fona, o evento espalhou uma mensagem de solidariedade e cidadania pelas principais ruas do município. “Estamos vivendo um momento histórico, com a finalidade de disseminar para a sociedade a cultura da doação de órgãos. Queremos transformar Santarém em uma cidade que diz ‘sim’ para esse ato e, por consequência, salva mais pessoas”, ressalta o diretor Hospitalar, Hebert Moreschi.

Moreschi explica a importância do projeto para a região e a participação da comunidade no domingo. “Queremos dizer para a população que é possível ajudar na libertação de um paciente que depende de uma máquina de hemodiálise, por exemplo, que fica três dias por semanas, durante quatro horas, ligado ao equipamento. Só existe sucesso na realização de transplantes se a sociedade participar da iniciativa conosco”.

O Hospital Regional de Santarém é credenciado para a captação múltipla de órgãos e transplantes de rins. O primeiro proveniente de doador vivo foi realizado pela unidade em novembro de 2016. Até o momento, o hospital alcançou a marca de 129 órgãos captados e 54 transplantes realizados.

A superação de um transplantado

Entre centenas de corredores, a história do aposentado Adilson dos Santos, 60, chama a atenção. Em 2015, ele passou por um transplante de rim em Belém. “Antes, a vida era difícil. Hoje, corro no Parque da Cidade de segunda à sexta, jogo futebol e faço isso tudo com apenas um rim”, brincou Santos, ao afirmar que fez questão de participar da corrida, para conscientizar a população da necessidade de mais pessoas aderirem à doação de órgãos. “Atualmente, faço acompanhamento no Hospital do Baixo Amazonas e sou a prova viva que doar órgãos é um ato de amor, que pode salvar vidas, como salvou a minha”, ressaltou.

Para um dos idealizadores da corrida e responsável técnico pelo serviço de transplantes, o médico nefrologista Emanuel Esposito, o evento superou as expectativas. “Foi uma corrida impressionante. A procura foi muito alta. Para a primeira edição, fazemos uma avaliação positiva e já convidamos a população para a próxima edição, que ocorrerá ano que vem, em setembro, no mês da doação de órgãos. Quanto mais adeptos, maior é o alcance da mensagem que esse evento traz: doar amor, e um pouco de si a quem precisa”.

O principal entrave para a doação de órgãos está ligado à recusa familiar. “Apenas 30% das famílias aptas a fazerem doação de órgãos disseram sim. Queremos inverter essa lógica e isso depende da família. Ainda em vida, a pessoa precisa manifestar que deseja ser doador de órgãos, pois em casos de pacientes diagnosticados com morte encefálica, é a família quem decide”, explicou Moreschi.

Ação do bem

Durante a corrida, a unidade disponibilizou atendimentos de saúde, como teste de glicemia e aferição de pressão arterial, através do projeto “Ação do Bem”, que ocorreu em comemoração ao Dia da Filantropia.

A competição foi dividida em duas categorias: comunidade em geral e trabalhadores da saúde. Todos os corredores ganharam medalhas de participação. Os melhores colocados por categoria e faixa etária ganharam medalhas e troféus de 1º, 2º e 3º lugar.