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CHOCOLATE E FLORES

Em Festival no Hangar, Estado firma parcerias para ampliar produção de cacau

Por Carol Menezes (SECOM)
20/09/2019 00h18

Abertura do 6º Festival Internacional do Chocolate e a 18ª Exposição Flor Pará, ocorrida nesta quinta, no Hangar, em BelémUm momento de confraternização e demonstração para o mundo da força desta atividade no Pará. Foi dessa forma que o governador Helder Barbalho apresentou ao público o 6º Festival Internacional do Chocolate e a 18ª Exposição Flor Pará, eventos abertos na noite desta quinta-feira (19), no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. Acompanhado de diversos secretários de Estado, representantes da indústria, prefeitos e outras lideranças, Helder Barbalho assinou dois Protocolos de Intenções e um Termo de Intenções destinados a incentivar a produção local com vistas ao desenvolvimento econômico do Estado.

Os protocolos envolvem a BTM Ltda e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), em parceria público-privada (PPP), para fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria alimentícia paraense, e ainda o Banco do Estado do Pará (Banpará) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a partir de então credenciada pelo agente financeiro para operação de crédito.

Helder Barbalho assinou um termo e dois protocolos de intenções para incentivar a produção local e o desenvolvimento econômicoJá o Termo de Intenções, também firmado via Sedeme, envolve o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e o Centro de Indústrias do Pará (CIP), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em convênio de cooperação técnico-científica para realização de ações conjuntas de qualificação profissional, tecnologia e inovação voltadas ao desenvolvimento de setores produtivos prioritários nas regiões de Integração do Pará.

O governador lembrou que, há poucos meses, esteve em São Paulo (SP) visitando uma feira sobre a mesma temática, e parabenizou a todos que acreditam e investem no potencial do Estado neste segmento. "Meu agradecimento a cada um que abriu o estande para mostrar seu produto. Que enfrentam adversidades, mas buscam agregar valor, e fazer do cacau, da amêndoa, um produto pronto para o consumo. Que exemplos como esses possam cultivar tantos outros a construir, junto com a gente, um Estado mais forte, um Estado melhor", destacou Helder Barbalho, acrescentando que "ao produtor familiar, a todos, de maneira indistinta, fazem do Pará, com muito orgulho, o maior produtor de cacau do Brasil, um exemplo e um orgulho para a sociedade".

Ele voltou a enfatizar seu empenho em garantir um ambiente de negócios propício, fruto do talento da população, e afirmou que há um planejamento, em plena execução, da atividade rural que garante titulação de terra, a fim de promover segurança jurídica aos produtores, e investimento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) para ampliar a produtividade dos trabalhadores.

"Para que possamos mais, no mesmo território. Produzir mais compatibilizando as nossas vocações rurais com a preservação da floresta, demonstrando claramente que nós temos, sim, solução de equilíbrio sustentável para que a Amazônia seja florestada, preservada; para que os amazônidas tenham o direito ao emprego, à renda, a serviços, a uma vida com plena dignidade", declarou o governador.

Agregação de valor - O titular da Sedeme, Iran Lima, confirmou que há indústrias se instalando no Estado com capacidade produtiva de 18 mil toneladas, e isso significa novos negócios. "A apresentação da agregação de valor é muito importante. Nós já somos os maiores produtores de amêndoas do País, com 130 mil toneladas por ano, e estamos na dianteira dessa produção, mas precisamos fazer mais. O Estado tem que ser atrativo para a indústria do chocolate, e estamos trabalhando nisso", ressaltou o secretário.

"Estamos mostrando que, além do açaí, temos o cacau e as flores como cadeia possante em um Estado tão grandioso. Mostrando o que temos de melhor e investindo em um plano de desenvolvimento para a verticalização", informou o secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hugo Suenaga.

Para Fabrizio Guaglianone, diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA), os protocolos assinados estão entre os legados que a Feira deixa ao Estado. "Importante a gente entender que desenvolvimento, em qualquer lugar do Brasil, e do mundo, passa pelo setor produtivo. Por essa união que hoje o Executivo promove. Falar de chocolate, joias e flores é falar da cultura produtiva do Pará", disse o diretor do Sebrae.

Parcerias - Antes de abrir oficialmente a programação, Helder Barbalho, já no Hangar, recebeu membros da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), que estão em Belém participando da Feira e para confirmar as intenções em firmar diversos tipos de parcerias com o governo. Eles aproveitaram a ocasião para convidar Helder Barbalho a participar em outubro, em Berlim, capital da Alemanha, da principal reunião da World Cocoa Foundation, entidade que tem como missão a catalização de PPPs (parcerias público-privadas) que acelerem a sustentabilidade do cacau.

Helder recebeu membros da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), que estão em Belém participando da FeiraDurante a audiência, o governador ouviu dos visitantes, todos presidentes de grandes empresas ligadas ao processamento do fruto, que a maior intenção é ter o Pará responsável por metade das 400 mil toneladas que a Associação pretende alcançar em compras nos próximos anos. Hoje, o Estado é responsável por 37% do cacau adquirido pela AIPC. Eles elogiaram a postura do governo estadual em insistir na sustentabilidade como o único caminho viável de desenvolvimento.

Helder Barbalho sinalizou positivamente a todas as propostas, fazendo questão de deixar claro que todo o interesse do Pará, em qualquer tipo de parceria, é totalmente vinculado à verticalização obrigatória da produção. "Queremos o protagonismo do Pará no plantio, mas também na verticalização. Já mostramos em diversas oportunidades que o ativo gerado é muito importante. É um grande desafio de todos os governos, e eu não me furtarei a tentar virar essa chave. Não podemos nos contentar apenas com a atividade primária", destacou.

Mercado - Mais de 100 expositores do Pará e de outras regiões do Brasil, e até da América Latina, vão expor seus principais produtos, com destaque para amêndoas de cacau e chocolates de alta qualidade, arranjos de flores tropicais e peças únicas com gemas minerais encontradas em território paraense.

Grande evento reúne mais de 100 expositores do Pará, do Brasil e também da América LatinaO evento tem o propósito de abrir mercado para os produtos genuinamente paraenses e dar visibilidade às marcas locais, a fim de que o público local conheça e compreenda a importância de um produto como o cacau, fruto que preserva o meio ambiente e protagoniza um projeto social importante, na medida que desenvolve a economia a partir de cooperativas e associações de produtores rurais, como já ocorre no município de Medicilândia, na região de influência da Rodovia Transamazônica (BR-230), considerado o maior produtor de amêndoas do Brasil.

O 6º Festival Internacional do Cacau e Chocolate e a 18ª Exposição Flor Pará são uma iniciativa do Governo do Pará, em parceria com a marca Chocolat Festival, por meio da Sedap e da Sedeme, entre outros órgãos estaduais, e com apoio do Sebrae Pará.