Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
OBRAS PÚBLICAS

Secretaria de Obras firma compromissos com comunidades do Projeto de Macrodrenagem do Tucunduba

Por Barbara Brilhante (PGE)
30/08/2019 13h23

“A comunidade pode ter certeza que a conclusão das obras do projeto de Macrodrenagem da Bacia do Tucunduba é uma meta do Governo do Estado. Sabemos que a obra se arrasta por todos esses anos e que a população já sofreu demais com ela. Por isto, estamos sanando as pendências que tinham e o objetivo agora é tocar a obra com o máximo de celeridade”, foi o que disse o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), Valdir Acatauassu, durante a Reunião de Monitoramento realizada, nesta quinta-feira (29), no bairro da Terra firme, com os moradores envolvidos das áreas contempladas pelo projeto.   

Desde o início deste ano, a Sedop vem retomando os serviços que, até aquele momento, seguiam lentamente. Dentre eles, as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada na primeira fase do projeto – que vai da Rua São Domingos à Rua dos Mundurucus –,  e que vai ser interligada com os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da área. “Até aquele momento, o projeto de esgotamento sanitário seguia sem definição, porque, para que ele começasse a ser instalado, era necessário concluir as obras da ETE, que seguiam paralisadas”, explicou Gilmar Mota, engenheiro e coordenador de fiscalização de obras da Secretaria.

De acordo com a Sedop, já foram liberados pelo Governo do Estado, os R$ 22 milhões necessários para concluir a estação e iniciar as obras dos dois sistemas. Neste momento, a secretaria segue com o processo de licitação para a contratação da empresa que ficará responsável por estes serviços. O objetivo é que eles sejam iniciados até início de 2020.

“Tivemos que renovar o Decreto de Desapropriação, que estava vencido e que é necessário para que continuemos o processo de negociação com os moradores que ainda residem nos dois últimos trechos da obra”, complementou a diretora de Mobilização e Articulação Comunitária da Sedop, Vanessa Catete.

O novo decreto foi publicado em agosto deste ano. Até o momento, já foram negociadas as retiradas de 638 propriedades do 2º trecho das obras – que vai da Rua dos Munducurus à Rua 02 de Junho – , e a previsão é que seja necessário retirar, no 3º trecho, outras 482.

De acordo com Gilmar, a retirada é parte fundamental deste processo para que o Estado consiga dar prosseguimento aos serviços. “Sem a retirada delas não tínhamos como seguir com o maquinário. Além disto, encontramos também interferências como, por exemplo, postes de alta tensão, os quais ficaram a cargo da Celpa fazer a remoção”, explicou.

“A empresa executora das obras do segundo trecho já foi chamada, e já está com as máquinas no canteiro de obras. Nosso objetivo é entregar esta fase concluída até abril do ano que vem. Também temos a intenção de começar, até início de 2020, as obras do trecho seguinte, que vai da Rua 02 de Junho até a Travessa Vileta. Estamos, para isto, com o processo de licitação em andamento para a contratação da empresa”, concluiu o secretário Valdir.

Contraponto – Durante a reunião, os moradores tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e mostrar as suas indagações sobre o projeto. A assistente social Cleonir Santos, moradora da Passagem Acataussu Nunes, no bairro do Marco, de esquina com a Travessa Vileta, que é uma das ruas por onde o projeto irá levar melhorias, está há quatro anos com a casa fechada, vivendo na residência de parentes, em decorrência dos alagamentos constantes na via. “Nós esperamos que, quando as obras chegarem no seu terceiro trecho, nossa rua seja contemplada com a extinção dos alagamentos. Sabemos que a limpeza dos canais e manutenção das vias, no entorno das obras, é de responsabilidade da Prefeitura de Belém, mas esperamos que com a conclusão da macrodrenagem, estes problemas sejam minimizados”.

Melhorias – Após a conclusão das obras do Projeto, estima-se que, pelo menos, 250 mil pessoas sejam beneficiadas, direta e indiretamente. “Esta é uma obra de grande porte, que deve refletir melhorias não somente aos moradores dos bairros por onde as obras estão passando, mas também para as áreas próximas”, disse Valdir.

A macrodrenagem da Bacia do Tucunduba prevê obras diretas nos bairros do Guamá, Terra Firme, Canudos e Marco, além de um investimento de pouco mais de 156 milhões de reais.

Habitação – A Secretaria de Obras prevê, ao todo, a construção de 740 unidades habitacionais, as quais deverão ser construídas em parte do Residencial Riacho Doce, localizado na Av. Perimetral, e na área do antigo Curtume, localizada no bairro da Terra Firme.

“Com relação às obras do Curtume, existe uma ação judicial, movida pelos novos moradores da área que ainda aguarda decisão, e a Sedop depende da conclusão deste processo para dar andamento aos serviços. A secretaria estará apta, com o projeto aprovado, para iniciar estas obras no início do próximo ano, mas, é como falei, dependeremos desta decisão para começar de fato”, explicou o secretário.

Ainda de acordo com o secretário, as obras das unidades no Riacho Doce já começaram. “Elas estão a todo vapor e a expectativa de término é no primeiro semestre de 2020”, complementou.

Programação – As Reuniões de Monitoramento deverão acontecer de dois em dois meses, segundo foi definido com os moradores, durante o encontro. “Assim, teremos como ter acesso às informações atualizadas e fazer um acompanhamento mais de perto das obras. Eu sou moradora do terceiro trecho e, só de saber que as obras voltaram a avançar, fico com esperanças, porque o que queremos mesmo é que ela seja concluída e que a gente ter mais qualidade de vida no bairro”, disse a administradora Telma Lisboa, que é moradora da área.