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CONQUISTANDO A LIBERDADE

Detentos usam grafite como ferramenta de reinserção social

Por Redação - Agência PA (SECOM)
22/02/2019 13h39

Um grupo de 16 detentos do regime semiaberto da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI) realizaram, nesta sexta feira (22), serviços de capina, limpeza externa, pintura e grafitagem, na Escola Cordeiro de Farias, em Belém. O grafite faz parte dos projetos de ressocialização do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), por meio do projeto Conquistando a Liberdade.

Com as ações, os internos trabalham voluntariamente na manutenção predial de escolas públicas, na Região Metropolitana de Belém e nos interiores. "A escola é um espaço emblemático e nosso papel é mostrar para a sociedade que eles só precisam de uma oportunidade para mudar de vida. E trazer eles para cuidar de uma escola, ter contato com esse ambiente, é de extrema importância para a ressocialização dessas pessoas”, relata o diretor de reinserção social, Edwilson Nascimento.

Fábio Roberto é o artista responsável pelo grande painel grafitado na Escola Cordeiro de Farias. "Esse projeto ajuda a gente a cumprir a pena de forma digna. Eu já gostava de pintura e grafitagem na minha adolescência e agora, como interno, eu posso mostrar minha arte, diminuir a minha pena e transformar essa minha habilidade em profissão, para quando eu sair do presídio poder trabalhar com grafite e ajudar a minha família”, concluiu.

Conquistando a Liberdade – O projeto é promovido pela Susipe, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado (TJE), Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Polícia Militar (PM). Inicialmente, era desenvolvido somente nas escolas da rede pública estadual de ensino, onde os detentos realizavam serviços de limpeza, poda de árvores, reparos nas redes elétricas e hidráulicas, e consertos de cadeiras e mesas. Atualmente, as ações também são realizadas nas próprias unidades penitenciárias do Pará.

O “Conquistando a Liberdade” atua na prevenção da violência, ajudando o detento a voltar ao convívio com à sociedade, além de reduzir a pena por meio do trabalho – a cada três participações no projeto, o interno consegue remir um dia da pena, direito garantido pela Lei de Execuções Penais.

A iniciativa é reconhecida pelo Conselho Nacional de Justiça como modelo de reinserção social para presos no país. O projeto já chegou a 18 municípios paraenses, e são eles: Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel, Castanhal, Parauapebas, Marabá, Santarém, Altamira, Paragominas, Tomé-Açú, Tucuruí, Bragança, Abaetetuba, Cametá, Breves e Mocajuba.