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Embaixadora norte-americana visita sede do Pro Paz Mulher em Belém

Por Redação - Agência PA (SECOM)
01/10/2015 11h45

Nesta quarta-feira, 30, a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, em visita pela primeira vez ao Pará, aproveitou a oportunidade para conhecer a sede do Pro Paz Mulher em Belém e o trabalho desenvolvido pelo governo do Estado na prevenção e combate à violência contra a mulher. A embaixadora veio à cidade para uma série de reuniões com autoridades estaduais e líderes da área de Meio Ambiente e de Educação. 

Durante a visita, Liliana Ayalde percorreu as instalações do Pro Paz Mulher acompanhado pelo presidente da Fundação Pro Paz, Jorge Bittencourt, e pela secretária Extraordinária de Integração de Políticas Sociais, Izabela Jatene, que expuseram todas as frentes de atuação da rede de proteção social à mulher. O Pará foi pioneiro no Brasil ao adotar uma concepção de trabalho que agregar, em um único espaço, todos os serviços necessários à uma assistência imediata, humanizada e eficaz às vítimas de violência doméstica, familiar ou sexual. Atualmente, cinco unidades semelhantes estão implantadas no Estado.

“A visita da embaixadora resulta de um processo de parcerias que temos com a Embaixada Americana, que garante a capacitação dos profissionais e a divulgação do trabalho de vanguarda que o Estado desenvolve em relação ao combate à violência contra a mulher. Estamos muito felizes com este reconhecimento. Mais do que mostrar o que faz, o Pro Paz Mulher precisa consolidar o seu trabalho ser reconhecido como uma iniciativa bem sucedida por outros países. Assim teremos mais um reforço para que as pessoas, no Pará e no Brasil como um todo, percebam a importância da denuncia. Se você denuncia, você aumenta a credibilidade no serviço, e se aumenta essa credibilidade, consegue encorajar aquela pessoa que precisa do serviço a buscar por ajuda. Isso é muito importante para nós”, argumentou Izabela Jatene.

O Pro Paz Mulher tem como objetivo fortalecer o atendimento à mulher vítima dos mais diversos tipos de violência. Somente na capital paraense, em um ano de funcionamento, o setor psicossocial do PPM já acolheu 4.243 mulheres em situação de vulnerabilidade, principalmente aquelas vítimas de violência doméstica, registrando uma média de 11 atendimentos por dia.

Em Belém, o prédio que abriga o serviço especializado do Pro Paz está localizado na Travessa Mauriti. Nele funcionam três núcleos de atendimento: Biopsicossocial, de Responsabilização do Agressor e Jurídico (onde atuam o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça). Após passar pela triagem, a vítima é encaminhada ao serviço de acolhimento, onde é acompanhada por uma assistente social e uma psicóloga. Somente depois de receber todo o amparo psicológico, ela é encaminhada para os trâmites jurídicos, como o registro da ocorrência.

A embaixadora americana ficou surpresa com o serviço que o Estado oferece e afirmou que seu país tem interesse em ampliar as parcerias com a Fundação. “Este é um programa que permite uma ampla frente de cooperação. Hoje, tive a oportunidade de conhecer o prédio e fiquei muito impressionada pela forma com que o serviço é oferecido para estas vítimas, desde o acolhimento e assistência às mulheres até as medidas que garantem que o agressor seja punido. O combate à violência domestica é um tema que estamos sempre buscando trabalhar e o Pro Paz é nosso parceiro aqui no Estado. Já tivemos alguns intercâmbios com a instituição e esperamos estabelecer novas parcerias”, afirmou.

O Pro Paz Mulher funciona com base nas diretrizes do projeto Pro Paz Integrado (PPI), que atende crianças e adolescentes vítimas de violência, e foi concebido em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) - por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM),  que passou a atender, em um único espaço, as demandas das mulheres que têm seus direitos violados na Região Metropolitana de Belém e no interior do Estado.

Além da capital, o PPI está presente no interior por meio de cinco núcleos nas regiões do Xingu (Núcleo de Altamira), Guajarina (Núcleo de Paragominas), do Lago de Tucuruí (Núcleo de Tucuruí), Baixo Amazonas (Núcleo de Santarém), Bragantina (Núcleo de Bragança), além de contar com o suporte nas unidades da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) localizadas em todas as regiões do Estado. Ainda este ano, a Fundação Pro Paz estenderá seus serviços a duas novas regiões do Pará – Marajó e Carajás - com a implantação dos núcleos do PPI nas cidades de Breves e Parauapebas.

Para o presidente da Fundação Pro Paz, Jorge Bittencourt, a visita representa a valorização do trabalho realizado no Pro Paz Mulher. “Este espaço só foi possível por meio de parcerias fundamentais, através da união de diversas secretárias e órgãos para combater um mal que atinge tantas mulheres no mundo. Ter este reconhecimento, de outros países, é um reconhecimento para todas estas instituições que acreditaram no projeto também e nos mostra que estamos no caminho certo para cada vez mais, buscarmos expandir nossos serviços”, conclui.

Em setembro, a instituição recebeu a visita da ministra do Superior Tribunal de Justiça, Maria Thereza Rocha juntamente com a a presidente da Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (COPEVID), Valéria Diez Scarance, e a pesquisadora e integrante do Comitê de Acompanhamento da Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (Cedaw), ligado à ONU, Silvia Pimentel, além de promotoras de diferentes estados, também com o objetivo de conhecer o trabalho do Estado na área.