Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
PREVENÇÃO

Sespa intensifica campanha contra DST/Aids nos municípios paraenses

Por Redação - Agência PA (SECOM)
18/02/2015 10h56

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) vem intensificando a campanha de prevenção às DST/Aids neste carnaval com ações especiais que incluem testes rápidos de HIV e hepatites, além da aplicação de vacinas contra a hepatite B e distribuição de preservativos e gel lubrificante, nos locais onde a folia atrai mais brincantes no Pará.

Com o slogan “Eu me previno, eu me testo, eu brinco o carnaval, #PARTIUTESTE”, a campanha é realizada por seis Centros Regionais de Saúde (CRS) da Sespa e prossegue até esta quarta-feira, 18. Técnicos da Sespa também estão nos terminais rodoviário e hidroviário de Belém e ainda apoiam as ações executadas pelos Centros Regionais de Saúde (CRS) nos municípios de abrangência e com maior concentração de brincantes.

Com o apoio dos técnicos da Coordenação Estadual de Hepatites Virais, da Coordenação Estadual de DST/Aids, e da sociedade civil, as ações se estendem até o final das festas de carnaval promovidas nos municípios abrangidos pelo 2º CRS – Colares, Santo Antônio do Tauá, Santa Isabel do Pará e Vigia - , 3º CRS – Castanhal, Curuçá, Maracanã e Marudá - , 4º CRS – Augusto Corrêa, Bragança, Capanema, Marudá, Ourém, Peixe Boi e Salinópolis - , 6º CRS – Abaetetuba, Barcarena e Igarapé  Miri - , 7º CRS – Ponta de Pedras, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Soure - , e 13º CRS – Baião, Cametá e Mocajuba.

Segundo Tomaz Brito, técnico da Sespa e colaborador das atividades em Salinópolis, a ideia é alcançar o maior número de pessoas para atingir o objetivo da campanha. " Estes locais foram escolhidos estrategicamente pelo grande número de pessoas que passam por eles no período do carnaval" , explicou.

Para esta campanha foram distribuídos, aos municípios paraenses,  33. 585 testes rápidos para HIV, 1.100 testes de fluído oral para HIV, 4.380 testes rápidos para sífilis, 20.500 testes para hepatite B e outros 20.500 para detectar o tipo C. Foram também enviados um milhão e 500 mil preservativos e 500 unidades de gel lubrificante, além de 50 mil doses de vacina contra a hepatite B.

Casos de hepatites e Aids

Quanto às hepatites virais, o Pará vem apresentando uma redução significativa no número de casos. As ocorrências de hepatite B somaram 256 em 2011; 487 em 2012; 336 em 2013 e 242 no ano passado. Em relação ao tipo C, foram 82 casos em 2011; 141 em 2012; 139 em 2013 e, no ano passado, 91 novas ocorrências. Segundo Cisalpina Cantão, coordenadora estadual de Hepatites Virais, existe prevenção para o tipo B por meio de vacina. Em relação ao tipo C estão disponíveis somente prevenção e tratamento no caso de diagnóstico positivo.

Em relação à Aids, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes, em 2013. No Pará essa taxa é de 23,2 casos a cada 100 mil habitantes.    

Todavia, o mais recente boletim epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde aponta o Estado como o sétimo no ranking dos que apresentam maior número de casos confirmados no período de 2009 a 2013. Na frente estão Rondônia (6º), Rio de Janeiro (5º), Santa Catarina (4º), Amazonas (3º), Amapá (2º) e Rio Grande do Sul (1º).

Entre os 100 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes que registram maior ocorrência da doença, o Estado aparece com Marituba, em sexto lugar geral na classificação, seguido por Belém (17°), Tucuruí (20°), Castanhal (32°), Ananindeua (53°), Paragominas (62°), Bragança (82°) e Parauapebas (89°).

Mas se o número de casos ainda preocupa, a triagem sorológica e o diagnóstico avançam positivamente. Em 2013, o Pará registrou 1.054 casos de Aids, sendo 647 em homens e 407 em mulheres. Este ano, até 12 de agosto, foram registrados 441 casos da doença, sendo 281 em homens e 160 em mulheres. Informações da Coordenação Estadual de DST/Aids dão conta de que “o adulto jovem é o mais atingido pela doença, sendo o contato sexual a principal forma de transmissão da Aids no Estado”.

*Com a colaboração de Mozart Lira

<