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Workshop discute política pública de economia solidária e empreendedorismo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
28/04/2015 16h43

Com a proposta de incentivar e apoiar empreendimentos individuais e coletivos do artesanato paraense, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) promoveu nesta terça-feira (28) o I Workshop sobre a Política Pública de Economia Solidária, Empreendedorismo e Artesanato. O encontro teve a participação de mais de 100 pessoas, entre empreendedores e redes de economia solidária, representantes de gestores municipais, entidades de apoio, instituições de nível superior, artesãos e empreendedores individuais.

No Brasil são mais de 100 mil artesãos cadastrados no sistema de economia solidária, 3,2 mil no Pará. Segundo dados apresentados pela coordenadoria de empreendedorismo e economia solidária da Seaster, esse grupo é formado na maioria por mulheres, com renda de até um salário mínimo, que trabalham com o artesanato popular e trabalho manual e vendem diretamente para o consumidor. Os dados também mostram que em 2014 foram qualificados pela Seaster 1,4 mil artesãos.

O secretário adjunto de Trabalho, Emprego e Renda, Everson Costa, destacou as ações desenvolvidas pela secretaria nos últimos anos. “A economia solidária no Pará já alcançou mais de cinco mil pessoas nos últimos quatro anos com o trabalho de identificação, cadastro, capacitação e incubação em cooperativas. Nosso foco agora é o fortalecimento dessa economia no Estado”, afirmou.

Ainda segundo Everson, o workshop visa dar notoriedade ao tema, visto que a atividade envolve todas as pessoas que não têm carteira assinada e atuam, assim, no mercado informal. “Vamos também fortalecer o conselho estadual e a política estadual de economia solidária, que resultam, entre outras ações, nas grandes feiras, como a Feira Estadual de Artesanato Paraense (Fesarte), que no ano passado gerou mais de R$ 1 milhão em negócios e investimentos, com a participação de mais de 60 municípios. Isso é um resultado extremamente positivo no que tange à geração de emprego e renda”, ressaltou o secretário.

“Temos que destacar a importância de cadastrar as famílias quilombolas e indígenas, que são muito presentes nessa região, mas que ainda não aparecem como artesãos e trabalhadores manuais, mesmo sendo uma população que sabemos que produz muitos materiais artesanalmente”, ressaltou a coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), Ana Beatriz Ellery.

A presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da Bacia do Una, Roberta Barroso, ressaltou a importância do evento para fortalecer mais ainda o trabalho desenvolvido pela cooperativa. “Esse é o momento para tirarmos dúvidas em relação ao trabalho desenvolvido pelo nosso grupo de mulheres que trabalham com a transformação do material coletado dos resíduos sólidos em artesanato e que são comercializados nas feiras”, disse.

Para Rosamalena Teixeira, trabalhadora manual do município de Marituba, “o evento é uma oportunidade de conhecer as ações dos governos federal e estadual para garantir a valorização do trabalho e de espaços – eventos e feiras – para a comercialização dos produtos”. O artesão individual Josias Plácido, que trabalha com miriti e já está no ramo há mais de 20 anos, defende que é fundamental discutir as políticas públicas que atendam as necessidades e prioridades dos artesãos, assim como buscar parcerias.

“Hoje já comercializo para fora do Estado e do país, participando de feiras de artesanato, mas conto com a parceria da prefeitura municipal, Sebrae e Seaster, além de ter passado por um processo de qualificação e formação”, destacou. Para encerrar o evento, o Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) ministrou uma palestra sobre empreendedorismo, destacando as principais ações voltadas para os artesãos e trabalhadores manuais e de como investir na produção e comercialização.