Hospital Galileu amplia o cuidado integral com Serviço Social que acolhe e orienta pacientes e famílias
Atuação sensível ajuda pacientes e familiares a compreender rotinas, enfrentar desafios e seguir com segurança após a alta
Silenciosa, mas decisiva, a assistência social exerce papel importante no cuidado aos pacientes no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) em Belém. É o setor que escuta antes de agir, que orienta com sensibilidade e que constrói pontes entre a equipe de saúde, os usuários e a rede de apoio, assegurando que cada pessoa receba um acompanhamento integral e humano, desde a chegada até os momentos finais do tratamento.
Kelli Ribeiro, assistente social, destaca que todo o trabalho começa no primeiro encontro com o paciente e sua família. Para ela, esse momento é determinante para construir confiança e diminuir a ansiedade dos usuários.
“O acolhimento é o primeiro passo para que o paciente se sinta seguro. Escutamos, orientamos e mostramos que ele não está sozinho. A equipe identifica necessidades, orienta sobre direitos, benefícios sociais e oferece suporte que ampara quem chega fragilizado, transformando a experiência hospitalar mais leve, claro, e humana”, explicou.
A profissional reforça que uma das funções do Serviço Social é apoiar os familiares na compreensão do quadro clínico e rotinas da unidade. “Muitas vezes, a família está emocionalmente abalada e não consegue assimilar todas informações. É aí que entramos para esclarecer, traduzir e mediar a comunicação com a equipe de saúde”, destacou.
O Serviço Social do Galileu também atua para garantir a continuidade do cuidado após a alta, realizando encaminhamentos como Tratamento Fora de Domicílio (TFD), Programa Melhor em Casa, programas assistenciais e Centro Pop. A equipe também acompanha pacientes que permanecem na unidade após a fase clínica, prevenindo vulnerabilidades e garantindo uma reinserção social segura.
Atuação integrada que fortalece o cuidado
Na unidade do Governo do Pará, gerenciada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a integração entre assistência social, psicologia, enfermagem, fisioterapia, nutrição e equipe médica é fundamental para assegurar um cuidado verdadeiramente integral.
“Ninguém cuida sozinho. Cada profissional traz um olhar diferente, e isso enriquece o cuidado, porque o paciente é muito mais do que o diagnóstico que o acompanha. Essa troca constante de informações amplia o olhar sobre cada pessoa atendida e torna o atendimento mais completo e sensível às suas necessidades”, explicou Kelli Ribeiro.
A assistente social ressaltou ainda o impacto direto do Serviço Social na recuperação dos pacientes. “Quando a família está amparada e o paciente se sente acolhido, o tratamento flui melhor. O emocional influencia, e muito, na evolução clínica”. Para Kelli, o apoio social tem papel decisivo na redução das angústias, no fortalecimento dos vínculos e na construção de um ambiente mais favorável à resposta clínica.
Em mensagem às famílias que acompanham seus entes queridos, Kelli Ribeiro reforça que a presença da assistência social vai além das orientações formais: ela representa companhia, escuta e parceria em todas as etapas do cuidado. “Cada gesto de compreensão faz diferença. Estamos aqui para caminhar com vocês, garantindo acolhimento, respeito e escuta em cada etapa do processo”, destacou.
Estrutura - O Hospital Galileu oferece serviços em ortopedia, com cirurgias em fraturas de média e alta complexidade. São realizados na unidade procedimentos em fratura diafisária da tíbia, fratura distal do antebraço e mão, osteomielite crônica e aguda. Os serviços são referenciados, ofertados via rede estadual de Regulação. O Hospital Galileu dispõe de 104 leitos de internação e mantém o serviço de reconstrução e alongamento ósseo, cirurgias de traqueia e urológica, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.
