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Serviço de Capelania garante apoio espiritual no Pronto-Socorro Dr.Roberto Macedo 

O serviço, realizado em parceria com capelães voluntários de entidades religiosas, iniciou esta semana na unidade hospitalar

Por Ascom (Governo do Pará)
07/03/2025 15h12

Para garantir o acesso ao direito assegurado pela Lei Federal, nº 9.982 de 14/07/2000, que dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, o Pronto-Socorro Dr.Roberto Macedo (PSRM), por meio do Grupo de Trabalho de Humanização, iniciou esta semana, o Serviço de Capelania Hospitalar em parceria com capelães voluntários de entidades religiosas.

De acordo com a analista de Humanização do PSRM, Watuzi Rebelo, que conduz o trabalho voluntário de capelania hospitalar, com o apoio membros do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), o serviço feito pelos voluntários, além de garantir um direito de todo paciente em tratamento, também é parte essencial do processo de cura, pois ele reconhece a interconexão entre corpo, mente e espírito, e os benefícios que repercutem na melhora do quadro de saúde e emocional de pacientes, acompanhantes e profissionais da Assistência.

"Ao oferecer apoio espiritual em momentos delicados, a Capelania Hospitalar se torna um aliado valioso da cultura de Humanização que o nosso Pronto-Socorro estadual está consolidando, dia após dia. Tenho observado que todos os pacientes recebem bem essas visitas e expressam gratidão por esses momentos de acolhimento. As visitas são cuidadosamente planejadas, com os voluntários divididos em dois grupos, sendo um direcionado à Internação Adulta, focando em apoio espiritual, que repercute também no estado psicológico, enquanto que o outro grupo é direcionado à Unidade de Internação Pediátrica, onde realizamos contações de histórias e atividades lúdicas. Assim, buscamos proporcionar um cuidado integral que beneficie a todos no ambiente hospitalar", destaca a socióloga.

A paciente do município de Bujaru, nordeste paraense, Liliane Leal Santos, lavradora, 42 anos, foi uma das pessoas internadas que receberam, na quinta-feira, as visitas dos voluntários da Associação Beneficente de Capelania Social (Abecas). Ela destacou a importância do trabalho dos capelães, e elogiou a iniciativa.

"Quem teve a ideia de fazer esse trabalho no hospital, está de parabéns, pois é muito bom receber uma oração em um momento tão difícil como este. Eu sei que minha situação é difícil, mas Deus quer que eu viva. Ter recebido a visita dos voluntários, foi o reforço que eu precisava. Eles trouxeram uma mensagem de Deus, de que preciso lutar pela vida, e vou continuar lutando. Tinha acabado de chegar do Centro Cirúrgico, e fui acolhida pelas palavras de apoio e conforto espiritual. Pra mim, a visita dos voluntários da capelania hospital foi uma bênção", reconhece a paciente.

O trabalho dos voluntários que, a partir de agora, passa a acontecer duas vezes por semana, consiste em quebrar a rotina de medicações, visitas médicas e exames, trazendo momentos de descontração, relaxamento e leveza tanto para os adultos quanto para as crianças. A proposta do trabalho é transformar o ambiente hospitalar em um espaço mais leve, não apenas para os pacientes e seus acompanhantes, mas também para a equipe multiprofissional.

Segundo a psicóloga hospitalar, Adriana Risso, o trabalho dos voluntários da Capelania Hospitalar pode ter um impacto muito positivo na recuperação dos pacientes, tanto emocional quanto fisicamente. Ela diz que, embora o foco principal seja oferecer suporte espiritual, a assistência espiritual muitas vezes traz conforto, reduz a ansiedade, promove esperança e fortalece o enfrentamento diante da doença.

"O serviço de Capelania Hospitalar age de forma complementar à assistência médica e psicológica. Quando há um diálogo entre a equipe de saúde e a Capelania, o suporte ao paciente se torna mais completo, respeitando sua individualidade e crenças", ressalta a psicóloga.

Danilo Souza Teixeira, 9 anos, morador de Soure, na região do Marajó, também recebeu a visita dos capelães, que o abordaram com contação de uma divertida história sobre a importância de as crianças comerem frutas, legumes e verduras, para o fortalecimento do sistema imunológico contra doenças, para evitar adoecimento, é até internações hospitalares. O paciente, que a princípio aparentava desânimo, chegou a sorrir várias vezes durante a contação da história, e no final da visita participou ativamente do momento da Oração pela Saúde. Ele conta o que achou do trabalho dos voluntários.

"Gostei demais da historinha. Os legumes e as frutas mandaram a gente comer as coisas certas, pra gente não  ficar doente. Eu nunca tinha ouvido uma historinha contada por outras pessoas. E sobre a oração, eu achei muito legal terem orado pra eu ficar logo bom, pois já quero ir pra minha casa. Eu também nunca tinha orado desse jeito. Achei tudo legal, porque todos foram muito engraçados", disse Danilo.

Para o diretor-geral do PS estadual, Carlos Vinícius Ribeiro Quadros, o cuidado com a saúde também inclui a assistência espiritual, tendo em vista que o ser humano é formado de corpo, mente e espírito, e que todos precisam estar bem ajustados para a melhoria da saúde como um todo. “Sabemos que os impactos do apoio espiritual é positivo na vida das pessoas, mesmo quando estão saudáveis, e mais ainda, no momento que encontram-se internados em um hospital. Nessas horas, o apoio espiritual se torna essencial para tornar a estadia hospitalar mais agradável e reconfortante. Agora, os nossos pacientes, acompanhantes e até profissionais da assistência à saúde, terão esse suporte semanalmente, no nosso hospital", conclui o gestor.

Serviço: Pertencente à rede de hospitais do Governo do Pará, o Pronto-Socorro Dr. Roberto Macedo funciona em regime de plantão 24 horas, para atendimento de urgência e emergência. A unidade de saúde, referência estadual em cirurgia geral, pediátrica, vascular e torácica, está localizada na Avenida Augusto Montenegro, s/n, no bairro Parque Verde, e é administrada pelo Instituto Acqua, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Joelza Silva - Ascom/PSRM