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Com ciência e diálogo, Parque Estadual do Utinga abre comemoração pelos 31 anos

A programação, que prossegue até domingo (5), inclui observação de aves pelas trilhas e oficinas de fotografia para jovens, além de serviços de saúde

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
03/05/2024 18h30

A comemoração pelos 31 anos do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém, foi aberta nesta sexta-feira (3) com uma programação repleta de atividades voltadas à preservação ambiental. Coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), a celebração se estenderá até domingo (5), oferecendo aos visitantes atrações e serviços.

O evento começou com a exposição “Abelhas Nativas do Brasil: Polinizando a Amazônia”, destacando a biodiversidade da região. Também houve apresentação de pesquisas científicas sobre o Parque, proporcionando aos participantes acesso a conhecimento sobre a importância dessa Unidade de Conservação (UC).

Uma das expositoras foi a estudante de Ciências Biológicas Juliana Tavares, do Instituto Federal do Pará (IFPA), bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) no Museu Paraense Emílio Goeldi, onde desenvolveu um estudo sobre as flores no Parque Estadual do Utinga. Ela informou que sua pesquisa busca compreender o papel que essa flora desempenha na vida dos animais na UC.

“O Utinga surgiu na minha vida ano passado, quando iniciei minha pesquisa sobre a importância das flores para a correção da vida no Parque Estadual do Utinga. A gente entende as flores não só como um atributo funcional, como algo bonito, mas como elas favorecem a manutenção da vida na UC. Sem as flores, não se consegue a alimentação necessária para alguns animais, não se consegue a renovação das espécies. Elas também são fundamentais para a manutenção dessa biodiversidade existente no Parque”, enfatizou a acadêmica.

Aprendizagem - A visita de alunos de duas escolas públicas da capital enriqueceu ainda mais a programação, promovendo conscientização ambiental para as novas gerações. A exposição de fauna taxidermizada (preservada para estudo) do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) permitiu aos visitantes o contato com espécies da fauna local.

Uma mesa-redonda sobre “Turismo e Mananciais no Parque do Utinga” abordou temas relevantes para a gestão e preservação desse importante patrimônio natural. Com outras atividades programadas, os próximos dias prometem ser repletos de aprendizado, lazer e contato com a natureza.

Para o estudante de Engenharia Florestal Willian Santos, o Utinga é um verdadeiro parque de diversões do conhecimento. “Acho muito interessante a variedade de árvores existentes no Parque, porque tem tudo a ver com a minha área de atuação. Costumo vir com frequência aqui, tanto para contemplar a natureza, fazer atividade física e andar de skate. Aqueles que ainda não conhecem esse lugar, sugiro que venham, porque vale muito a pena por tudo o que ele tem a oferecer”, afirmou.

Programação - Durante a celebração pelos 31 anos do Parque, os visitantes ainda terão a oportunidade de participar de um passeio para observação de aves pelas trilhas do local e oficinas de fotografia para jovens. Além disso, serão oferecidos serviços de saúde, como triagem de enfermagem, vacinação e testes rápidos para detecção de doenças, reforçando a importância da integração entre conservação ambiental e bem-estar humano.

A Feira da Biodiversidade, que já faz parte da programação, será uma excelente oportunidade para aquisição de produtos originários da sociobiodiversidade amazônica. Segundo o gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer, as atividades planejadas refletem o compromisso em promover a conscientização ambiental e a valorização desse espaço de preservação na capital paraense.

“O Parque Estadual do Utinga é reconhecido como uma das maiores UCs de Proteção Integral em áreas urbanas do Brasil, abrangendo mais de 1,3 mil hectares. Sua importância como um recorte fiel do bioma amazônico se reflete na diversidade de espécies da flora e fauna que abriga, desempenhando papéis fundamentais na manutenção do equilíbrio ecológico”, frisou o gerente.