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HISTÓRIA E CIDADANIA

Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh) evidencia Golpe de 1964

Programação com parceria da Secretaria de Cultura do Pará tem exposição “Memórias da Ditadura”, em cartaz até o próximo dia 7 de abril, em Belém

Por Elck Oliveira (SEIRDH)
28/03/2024 12h25


A Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), abriu, nesta quinta-feira, 28, a exposição “Memórias da Ditadura”, que fica em cartaz até o próximo dia 7 de abril, na Casa das Onze Janelas, em Belém.A mostra faz parte da programação do “Seminário dos 60 anos do Golpe Civil-Militar de 1964”, pensada para lembrar os 60 anos desse triste episódio da história recente do Brasil, que também envolverá palestras, mesas, debates e lançamentos de livros, durante toda a semana que vai de 1º a 5 de abril, em diferentes espaços, como o auditório do Instituto de Gestão Previdenciária e Proteção Social do Estado do Pará (IGEPPS) e as salas do Programa de Pós-Graduação em História (PPHist) da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

A secretária adjunta da Seirdh, professora Edilza Fontes, prestigiou a abertura da mostra e falou sobre a importância do momento para o Estado do Pará. “A exposição faz parte da programação do Seminário, que começa na próxima segunda-feira, dia 1º, e trará a Belém pessoas de renome nacional, com o lançamento de livros sobre a ditadura, entre outras ações. A exposição é muito importante porque explica, por meio de imagens, reportagens de jornais, pinturas, gravuras e documentos históricos, todo o percurso da ditadura militar no Brasil, fazendo a vinculação do passado com o presente, porque a exposição termina discutindo os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023”, ressaltou. 

O diretor do Arquivo Público do Estado do Pará, ligado à Secult, Leonardo Torii, informou, especificamente, sobre a documentação histórica disponibilizada na exposição.

“Lembrar esse episódio da ditadura militar no Brasil sempre será fundamental, pelo fôlego da nossa democracia. A história serve para isso, para que possamos tomar conhecimento de coisas do passado e aprender para construir o futuro. No caso específico do Arquivo, contribuímos com documentos do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), alguns inquéritos policiais que mostram bem a repressão contra estudantes, jornalistas, movimento sindical, igrejas, entre outros atores. São inquéritos que servem justamente para refletir sobre como foi esse período”, observou Leonardo Torii.  

O jornalista Taciano Cassimiro é um apaixonado pela história da ditadura militar no Brasil, por isso, fez questão de conferir a exposição, logo na sua abertura. “A exposição está riquíssima no que diz respeito à história do Brasil. A sociedade deveria, de alguma forma, se preocupar em ter conhecimento sobre a história do Brasil e, de modo especial, sobre esse capítulo triste e dramático, que foi a ditadura militar. Me parece que ainda não conseguimos virar a página sobre esse episódio, tanto que, por pouco, não sofremos um novo golpe em janeiro de 2023”, lamentou. 

O estudante do curso de Tecnologia da Informação, Joilson Neto, também compareceu à Casa das Onze Janelas para conferir de perto a documentação referente ao período da ditadura militar no estado do Pará. “Muito importante poder relembrar os crimes e impunidades que foram cometidos no período da ditadura militar, para que nunca mais possamos passar por isso de novo. A memória desse período precisa ser evidenciada, para desconstruirmos algumas ideias que perduram até os dias atuais”, frisou. 

Já o professor Francivaldo Nunes, coordenador do PPHist/UFPA, destacou a importância de se manter viva a memória do golpe civil-militar no Brasil, cujas consequências perduram até hoje. “O evento é extremamente importante nessa lembrança dos 60 anos da experiência que nós vivemos no Brasil, do regime de ditadura militar, recuperando esse processo, que é fundamental para as gerações presentes, para que elas possam também, cada vez mais, enaltecer os valores democráticos, como é a liberdade de expressão, o respeito às instituições, entre outros. Nesse sentido, o Governo do Estado está de parabéns pela exposição e a UFPA colabora diretamente com esse trabalho. A comunidade só tem a ganhar com essa exposição e com a programação como um todo”, finalizou. 

Serviço: 

Exposição "Memórias da Ditadura"

Datas: De 28/03 a 7/04

Visitação: De terça a domingo, das 9 às 17h

Local: Casa das Onze Janelas 

“Seminário dos 60 anos do Golpe-Civil Militar de 1964”

Datas: De 01 a 05/04

Horário: Das 9 às 17h

Locais: Auditório do IGEPPS e UFPA

Pré-inscrições pelo email seminario1960.seirdh@gmail.com ou presencialmente nos dias do evento.