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ECONOMIA VERDE

Governo do Pará defende avanços imediatos na política de preservação dos recursos naturais

Convidado para encontro de lideranças em São Paulo, governador Helder Barbalho afirma que Brasil precisa ver a floresta em pé como novo ativo econômico

Por Leonardo Nunes (SECOM)
20/10/2022 21h37

Governador Helder Barbalho no evento promovido pela Organização ComunitasA importância da floresta em pé como um novo ativo e vocação econômica para o Brasil foi novamente enfatizada pelo governador Helder Barbalho em evento promovido pela Organização Comunitas nesta quinta-feira (20), em São Paulo (SP). Convidado pelos organizadores, o chefe do Executivo do Pará afirmou para empresários que o País precisa avançar de forma imediata na preservação e recuperação dos recursos naturais. Neste ano, o encontro de líderes teve como tema a economia verde e os desafios da sociedade em transformação.

Helder Barbalho frisou ser fundamental a utilização de financiamento estrangeiro, por meio de créditos de carbono, para o Brasil alcançar a meta de redução dos gases de efeito estufa, compromisso assumido na última Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 26), em Glasgow, na Escócia.

“Que nós possamos ter uma regulação da política de crédito de carbono para que a monetização da floresta possa ser algo real. Já identificamos que não há mais condição para que o Brasil cumpra suas metas até 2050 apenas falando em não desmatar. Já não é mais suficiente. Precisamos não desmatar, regenerar e reflorestar”, afirmou o governador paraense.Helder Barbalho defendeu uma nova política ambiental em encontro de lideranças

Crédito de carbono - Helder Barbalho defendeu a bioeconomia como um novo modelo desenvolvimentista para o País, em especial para a região amazônica. “Da mesma forma que o agronegócio e a mineração, a floresta em pé pode ser um novo ativo, principalmente na captação do crédito de carbono, e poder fazer da bioeconomia uma nova estratégia”, enfatizou.

“Particularmente, somos um Estado da Amazônia que enxerga a floresta em pé e a bioeconomia como uma nova vocação econômica para geração de empregos e renda. tUma oportunidade extraordinária para que possamos cumprir com nossas responsabilidades com a agenda das mudanças climáticas. Que possamos enxergar na floresta amazônica um celeiro de conhecimento e produção a partir de sua biodiversidade”, disse Helder Barbalho.

Ele acrescentou que “tudo isso, conciliando a floresta em pé com a regeneração da mesma, e avançando na captação de créditos de carbono para que a floresta em pé seja uma nova commodity global e, com isto, aquecendo a economia, fortalecendo as atividades socioeconômicas do nosso Estado”.

Na última COP, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, apresentou como nova meta climática do Brasil uma mudança de 43% (de emissão de gases de efeito estufa) para 50% até 2030, e de neutralidade de carbono até 2050.

Também participaram do evento a vice-governadora eleita do Pará, Hana Ghassan, e os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema; de Goiás, Ronaldo Caiado; o ex-governador do Espírito Santo e presidente do executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, e especialistas nacionais e internacionais.