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OSTP apresenta obras escritas para balé clássico e emociona público no Theatro da Paz

Concerto foi finalizado com a participação de um artista de dança contemporânea que sugeriu uma interpretação inovadora do balé "O Lago dos Cisnes"

Por Iego Rocha (SECULT)
14/10/2022 12h40

Na última quinta-feira (13), a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), sob a regência do maestro Matheus Avlis, demonstrou todo o seu talento na interpretação de música para balé, ao apresentar suítes de três obras de grandissíssimo porte e enorme envergadura no estilo; o balé "O Quebra-nozes" e "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky e ainda o balé "Romeu e Julieta", de Sergei Prokofiev.

A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz já tocou diversas obras de balé em temporadas anteriores e a ideia é diversificar estilos e apresentar sempre ao público todas as possibilidades da OSTP. Desta vez, foram apresentados balés russos, já que a Rússia é um país com grande tradição no balé, contando com renomadas escolas, como o Balé Bolshoi.

Matheus Avlis é compositor e maestro assistente da OSTP e já esteve à frente da orquestra por diversas vezes e para ele reger um concerto é transformar em som as notas que estão impressas no papel da partitura. “É muito prazeroso fazer isto ao lado de artistas tão talentosos como são os músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. O concerto é sempre um momento de celebração, para nós músicos e para o público também”, explicou Avlis.

Na plateia, o público entendeu o recado. Atenta a cada movimento e com olhos brilhantes que a remetia aos grandes bailes que o próprio Theatro da Paz já recebeu um dia, assim definiu a professora aposentada Maria Lúcia Antunes. “Este concerto foi simplesmente encantador e recheado de memórias afetivas. Tchaikovsky é um dos meus compositores favoritos porque quando ele faz música para sofrer a gente sente na alma e quando ele faz músicas mais românticas são arrebatadoras. Eu trouxe a minha neta de 8 anos para ela também tivesse essa experiência desde pequena”, definiu a professora Maria Lúcia.

Para o Miguel Campos Neto, maestro titular da OSTP, um concerto onde se tem Prokofiev, um compositor moderno, já do século XX, mas com características ainda do romantismo e outro compositor do alto do romantismo que é Tchaikovsky o público viveu a experiência de ter uma orquestra com um som avassalador, muito bonito e oponente.

“Uma das principais característica da escrita orquestral para o fim do século XIX e início do século XX, quando as orquestras estavam se desenvolvendo cada vez mais, se tinha um número maior de bons músicos, com instrumentos melhores, era a opulência do som das composições em si. Elas eram ricas, com sonoridades luxuosas e esta noite foi um deleite para o público ter esta grande orquestra sinfônica tocando grandes obras do repertório do balé”, finalizou o maestro.

Para a surpresa do público, o concerto foi finalizado com a participação de um artista de dança contemporânea que sugeriu uma interpretação nova e questionadora do balé "O Lago dos Cisnes". A iniciativa é do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Theatro da Paz e Academia Paraense de Música (APM).

Texto: Úrsula Pereira/Ascom Theatro da Paz