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NOVEMBRO AZUL

PGE promove palestra sobre saúde masculina

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/11/2018 00h00

O mês de novembro é marcado pela campanha de saúde Novembro Azul, voltada para a conscientização da sociedade sobre a saúde masculina e, em especial, o câncer de próstata. Criada em 2003 na Austrália, a campanha foi adotada no Brasil em 2009 e busca chamar atenção para a alta taxa de mortalidade de homens no país: a cada três pessoas que vem a óbito, duas são homens.

Os brasileiros também vivem, em média, sete anos a menos do que as brasileiras e consomem álcool, tabaco e drogas ilícitas em maiores quantidades. No quesito saúde, a não procura pelos serviços médicos e a falta de disciplina em seguir os tratamentos recomendados são os principais problemas enfrentados pelos profissionais ao assistir a população masculina, ou seja, a falta de autocuidado é o principal obstáculo.

Atenta a necessidade de trazer a campanha “Novembro Azul” para mais perto das pessoas, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) realizou nesta quarta-feira (21), uma palestra com o técnico Andrei Porpino, da Coordenação Estadual de Saúde do Homem da Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sespa). A palestra falou de doenças, hábitos saudáveis e tratamentos, além de chamar a atenção para a importância do autocuidado e desmistificar o exame do toque. O evento contou com a presença de servidores e procuradores da instituição, a maioria homens, que puderam tirar dúvidas e compartilhar relatos ao final.

O palestrante explicou que a maioria dos pacientes só procura ajuda quando a doença já está avançada, diminuindo as chances de cura e aumentando os gastos do SUS no tratamento. De acordo com dados da Sespa, entre as maiores causas de morte entre homens no Pará, estão: doenças no aparelho circulatório ou respiratório, doenças infecciosas e parasitárias (ligadas principalmente à falta de saneamento), doenças do aparelho digestivo, câncer e a violência. Para Andrei Porpino, o primeiro passo deveria ser buscar preventivamente as equipes de saúde da família que atuam nas unidades básicas. Alguns cuidados de rotina podem ajudar na prevenção dessas doenças, como a vacinação contra a Hepatite B e HPV, por exemplo, além de exames de sangue para medir o colesterol e triglicérides, verificar a pressão e realizar exames cardíacos periodicamente. Hábitos saudáveis e predisposição genética também pesam.

Paternidade ativa - outra preocupação é orientar que o homem também realize o pré-natal junto à companheira. O exame serve para evitar a contaminação da mãe e, por consequência, do filho, por doença como sífilis e HIV, que podem ser transmitidas verticalmente durante a gestação e também na amamentação.

Câncer de próstata – é o 2o tipo mais comum entre os homens no mundo todo, ficando atrás apenas do câncer de pele. É um tumor geralmente de crescimento lento e mais comum em homens na terceira idade. Para um diagnóstico preciso é necessário a realização do exame de toque e do PSA (Antígeno Prostático Específico - substância produzida na glândula prostática e que quando aparece em grande quantidade no exame de sangue indica lesão na próstata). Após o diagnóstico, a linha de tratamento será escolhida de acordo com o tipo de tumor e condições pessoais do paciente, podendo ser cirurgia, radioterapia ou terapia hormonal.

Sintomas – entre os sintomas iniciais estão a dificuldade de urinar (o crescimento da próstata devido ao tumor pressiona a uretra e dificulta a passagem da urina), sensação de bexiga cheia, sangue na urina ou no líquido seminal e dor. Em estado mais avançado, a doença também pode causar dores ósseas, fraqueza ou dormência nas pernas e pés, insuficiência renal e infecção generalizada.

Câncer de pênis – apenas 2% dos homens são afetados por esse tipo de câncer no Brasil. Apesar de baixa incidência, a maior concentração de casos esta localizada na região Norte e Nordeste do país. O aparecimento deste câncer está ligado à falta de higienização e ao vírus do HPV. Por ano, mil pênis são amputados devido ao câncer em todo o Brasil. Alterações na pele da região, feridas que não cicatrizam, inchaço, nódulos, secreção branca com odor, sangramentos e presença de gânglios inguinais podem ser indicativos da doença.