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Execução de obras em pontes da Alça Viária impressiona durante vistoria

Por Kátia Aguiar (COHAB)
12/09/2019 17h37

A primeira a ser vistoriada foi a obra da ponte Rio Guamá, a maior das quatro do complexo da Alça Viária – 1.976,80 metros, sendo 320 de vão livre. A forma com que está sendo feita a substituição de 100% dos cabos estais de sustentação da ponte Rio Guamá, sem paralisação do trânsito, impressionou os presidentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-Pará), Carlos Renato Milhomem, e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Pará (Sinduscon), Alex Dias. Ambos participaram, nesta quinta-feira (12), de uma vistoria nas obras das três estruturas que integram a Alça Viária, acompanhados do secretário de Estado de Transportes (Setran), Pádua Andrade.

A primeira a ser vistoriada foi a obra da ponte Rio Guamá, a maior das quatro do complexo da Alça Viária – 1.976,80 metros, sendo 320 de vão livre. Todos os cabos estão sendo substituídos, pois, após longo período sem manutenção, apresentam danos prematuros por corrosão nas cordoalhas (conjuntos de vários tipos de cordas). Essa obra é a única obra no mundo onde ocorre a substituição prematura da estrutura sem interrupção do trânsito.

“A ponte foi construída há aproximadamente 18 anos e não houve manutenção preventiva durante 12 deles, o que levou à propagação da corrosão em todo o estaiamento da obra. Dessa forma, tornou-se necessária a substituição prematura dos 152 cabos estais, que têm uma vida útil estimada de 50 anos após a construção. Um total de 146 já foram trocados”, explicou Pádua Andrade.

Segundo o presidente do Crea, Renato Milhomen, as soluções adotadas pelo Estado são inovadoras, algumas delas nunca executadas antes no mundo.Para executar as obras de manutenção da ponte com a mínima interferência no tráfego da pista, foi adotado o sistema de interrupções “pare e siga”. Alternadamente, somente uma das mãos da via é fechada por minutos para manobras de equipamentos, garantindo, assim, a movimentação de cargas com o menor impacto possível ao tráfego. A operação tem apoio diário de agentes do Departamento de Trânsito (Detran) e da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Esta obra tem como finalidade a troca dos cabos-estais (que dão sustentação à estrutura) e a revitalização de toda a ponte, com a premissa de reduzir ao mínimo o impacto aos usuários. As obras na ponte Rio Guamá, que tem o segundo maior vão livre estaidado do Brasil, foram reiniciadas em janeiro e devem ser concluídas ainda este ano.

Entre os serviços de manutenção executados na ponte sobre o rio Guamá estão os levantamentos topográficos, substituição dos cabos-estais, protensão dos cabos-estais, instalação do sistema de para-raios, instalação de portas e alçapões metálicos de acesso aos mastros, substituição de todos os aparelhos de apoio e instalação de novos aparelhos de dilatação nas juntas estruturais de toda a ponte, vãos de acesso ao trecho estaiado.

O complexo rodoviário, também conhecido como PA-483, conta com mais de 74 quilômetros de via equipada com pontes de grandes vãos.Ponte Rio Acará – Em seguida, a equipe se dirigiu à ponte sobre o rio Acará, na qual a Setran está em fase de mobilização de material e pessoal, para início da obra de conservação ainda este mês. Após o órgão estadual identificar problemas na estrutura, foram solicitados laudos à Defesa Civil e ao Instituto Médico Legal (IML) .

As análises apontaram danos nos apoios da ponte, provavelmente decorrente dos impactos de embarcações nos blocos de fundação nos últimos 18 anos. “Essa situação vem sendo agravada diante da falta de manutenção após a finalização da construção da ponte, indicada pela presença de entulhos de construção, material de asfaltamento, vegetação enraizada no concreto dos blocos, ruptura das juntas de borracha”, detalha Pedro Almeida, engenheiro consultor e responsável pelo gerenciamento das obras nas três pontes.

Rio Moju – A última vistoria foi realizada na ponte rio Moju, em obras de reconstrução do seu vão central, destruído por uma embarcação clandestina em abril passado. Em ritmo acelerado, a obra encontra-se na fase de construção dos mastros, que, nesta quinta-feira, já chega a 20 metros dos quase 90 metros necessários para concluir o trabalho.

“O que eu estou vendo aqui são soluções inovadoras, algumas delas nunca executadas antes no mundo. O que se tem, hoje, é um canteiro não só de obras, mas de grandes experiências, e a velocidade da obra é também impressionante”, avaliou o presidente do Crea, Renato Milhomen.

A quarta ponte da Alça Viária também está sendo monitorada pela Setran para levantar a necessidade de obras de conservação.

Em ritmo acelerado, a obra da ponte rio Moju encontra-se na fase de construção dos mastros, que já chega a 20 metros dos quase 90 metros necessários para concluir o trabalho.

Alça Viária – O complexo rodoviário, também conhecido como PA-483, conta com mais de 74 quilômetros de via equipada com pontes de grandes vãos que ligam a região metropolitana de Belém ao porto de vila do Conde e ao sudeste e sul do Pará. A Alça Viária permite o acesso a cidades como Barcarena, Moju e Acará, e também liga o nordeste paraense à PA-150, chegando à região sudeste do Pará.

O presidente do Sinduscon Alex Dias fez questão de destacar a satisfação que o setor da construção civil tem de ver o resgate da boa engenharia com uma obra executada 24h por dia, com alta qualidade e rigor dos controles tecnológicos. “Acima de tudo, usando tecnologia de ponta. Esperamos que tão logo possamos voltar aqui para a inauguração e celebração dessa virada de página. Estamos vendo uma nova era da engenharia do Pará”, destacou.