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Polícia Civil apreende galões com combustível usado em incêndios criminosos em São Félix do Xingu

Por Luiz Cláudio (PC)
30/08/2019 14h28

A Polícia Civil do Pará apreendeu, na noite desta quinta-feira (29), na Área de Proteção Ambiental Trunfo do Xingu, conhecida como fazenda Ouro Verde, em São Félix do Xingu, sul do Pará, dezenas de galões com gasolina que eram usados na queimada da mata existente na propriedade rural.

A apreensão ocorreu durante operação policial para cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão no interior da área. O delegado da Polícia Civil, Alberone Lobato, que coordena a ação, informou que já foram ouvidos funcionários da fazenda, os quais confirmaram que o objetivo do uso do combustível era provocar o incêndio criminoso na floresta. 

O cumprimento do mandado de busca e apreensão ocorreu por volta de 19 horas, após sete horas de viagem por 190 quilômetros de "estrada de chão", desde a sede do município, até chegar à área onde está sediada a fazenda. As investigações apontam que Geraldo Daniel de Oliveira é o suspeito de ter contratado mais de 50 homens para derrubar 20 mil hectares na área de Proteção Ambiental Trunfo do Xingu. Ele está com mandado de prisão decretado pela Justiça e permanece foragido. Ao todo, o grupo já derrubou e tocou fogo em mais de 5 mil hectares de área desmatada na fazenda.

No local, foram encontrados galões de tamanhos diversos, a maioria com capacidade para armazenar até 200 litros de combustível. Além dos galões, foram encontrados gêneros alimentícios fornecidos por Geraldo aos trabalhadores da fazenda encarregados em fazer as queimadas. Segundo o delegado, os trabalhadores relataram ainda que os galões, aos poucos, eram levados para o interior da mata para provocar a queimada. 

Durante o cumprimento da busca e apreensão, no retiro da fazenda, a equipe de policiais civis encontrou dois funcionários de posse de um tambor com gasolina e galões de óleo diesel. O material também foi apreendido. "Vamos permanecer na fazenda para ouvir todos os funcionários", ressaltou o delegado. Um engenheiro ambiental de Belém ficou de ser acionado para realizar a perícia ambiental, como forma de materializar as provas do crime para encaminhar ao Ministério Público de São Félix do Xingu.