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Tecnologia que barateia e facilita criação de peixe será apresentada em Augusto Corrêa

Por Aline Miranda (EMATER)
27/06/2019 10h32

Desta quinta-feira (27) até o próximo domingo (30), o público do Arraial Urumajó, promovido pela Prefeitura de Augusto Corrêa, na Região do Rio Caeté, poderá conhecer de perto a experiência de construção de um tanque de superfície sustentável, a partir de material agroecológico ou tradicionalmente descartado, para criação de tambaqui - um projeto do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) para qualificar e expandir as atividades da agricultura familiar com vistas à segurança alimentar e nutricional.

O evento será realizado no Campo Santa Cruz, na entrada da cidade, de 18h até o último visitante. A entrada é livre e gratuita.

Com inspiração na tecnologia "Sisteminha", desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a equipe da Emater fará a demonstração de um tanque circular, com 5 metros de diâmetro e um metro de altura, no qual cabem 20 mil litros de água e 100 alevinos. A base inclui lona, baldes, garrafas pet, estacas de madeira e uma bomba de máquina-de-lavar, em substituição à bomba comercial, muito mais cara.

Na implantação de um tanque nesse formato, o ciclo de pesca é calculado para oito ou 10 meses, com peixes com no mínimo 500g. A água circulante, rica em nutrientes, é reutilizada na irrigação de hortaliças orgânicas. O objetivo é incentivar a melhoria da alimentação dentro de casa, combatendo deficiências nutricionais, e ainda comercializar o excedente, gerando renda. O principal foco são famílias sob vulnerabilidade social.

O piscicultor Benilton Cardoso, da Fazenda Cardoso, atendido pela Emater, participará da demonstração. "Estamos provando que, na perspectiva da piscicultura, é possível a qualquer pessoa – seja da zona rural, periurbana ou mesmo urbana – produzir seu próprio alimento, sem a demanda de grandes áreas ou grandes investimentos. Um tanque desses qualquer um pode fazer em um único dia, aproveitando resíduos das propriedades ou reciclando plástico e madeira do lixo", anuncia o técnico em piscicultura da Emater, Leonardo Miranda, que também é engenheiro de pesca.