Em São Paulo, Helder Barbalho destaca preparativos para a COP30 e reforça urgência de financiamento climático

Na 4ª edição do Fórum Esfera, realizada nesta sexta-feira (6), no Guarujá (SP), o governador do Pará, Helder Barbalho, durante sua participação no evento, destacou os preparativos do estado para a realização da COP30, em novembro de 2025, em Belém, e cobrou maior compromisso global com o financiamento climático. O Fórum Esfera reúne lideranças políticas e empresariais para debater temas centrais ao desenvolvimento do Brasil, incluindo sustentabilidade, transição energética, segurança pública e inovação.

O chefe do Executivo estadual participou do painel “Potências regionais, desafios nacionais”, ao lado dos governadores Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, e Romeu Zema, de Minas Gerais. 

“É fato que as urgências climáticas cada vez mais nos desafiam a garantir com que a COP possa ser de implementação, então que nós possamos efetivamente extrair deste momento um importante conteúdo de financiamento climático, de metas que possam garantir redução das emissões e contenção da elevação da temperatura global”, afirmou o governador, reforçando a importância da conferência como espaço decisivo para avanços concretos. 

Helder Barbalho apresentou, ainda, o andamento das obras e o plano logístico que está sendo executado para receber chefes de Estado, delegações internacionais e a sociedade civil na capital paraense.

“Obras em dia, planejamento em plena execução, garantia de que nós cumpriremos integralmente o cronograma das obras para preparar Belém para a COP em novembro”, garantiu.

Segundo o governador paraense, além de sediar um dos mais importantes eventos climáticos do mundo, o objetivo é que Belém se consolide como um polo permanente de referência ambiental. 

“Trabalhando para que nós possamos assegurar que a oportunidade de ser sede da COP deixe um legado de infraestrutura para a cidade de Belém, para que com isto consolide a estratégia de Belém como capital da Amazônia, como capital da floresta, e claro, ao mesmo tempo em que avançamos com o legado ambiental, com as ações que o governo do Pará tem realizado”, disse. 

Lei de Responsabilidade Ambiental

“Ontem, no Dia Mundial do Meio Ambiente, sancionamos a Lei de Responsabilidade Ambiental para alavancar o financiamento da agenda da sustentabilidade e garantir, com isso, que o Pará possa, por um lado, combater as ilegalidades ambientais, mas por outro, tenha a capacidade também de construir uma nova economia baseada na natureza, com estímulo à atividade de baixas emissões, conciliando a agenda da sustentabilidade, da preservação, mas acima de tudo entendendo que precisamos dar oportunidade para que a população local possa ter desenvolvimento social”, afirmou.

Preparação e legado para Belém

Ainda no evento, o governador ressaltou aos presentes, todas as medidas de hospitalidade e infraestrutura que estão sendo implementadas para garantir a capacidade de acolhimento da COP30.

“Estamos consolidando as estratégias de hospitalidade para garantir a oferta de leitos necessários a partir daquilo que se diagnosticou das demandas ao momento que estivemos em Baku, no Azerbaijão. Nós estamos absolutamente convictos de que a estratégia está absolutamente em condição de execução. 

Entre os destaques estão 8 novos hotéis em construção, o uso de dois navios de cruzeiro, contratados pelo governo federal, que vão garantir cinco mil leitos extras, e a construção de uma “Vila de Líderes” com 400 leitos nas proximidades da Blue e da Green Zone - áreas oficiais da COP destinadas a negociações diplomáticas e ações da sociedade civil.

“Oito novos hotéis sendo implementados, portanto, incrementando a oferta de leitos. Já estamos com 19 mil leitos por meio de aplicativos de aluguéis por temporada. Um hotel que está sendo construído pelo Estado no conceito de Vila de Líderes, com 400 leitos para ofertar às delegações, inclusive conectado ao local onde estará a Blue Zone e a Green Zone”, explicou.

Brasil e Amazônia no centro do debate climático

Helder ainda frisou que a COP30 será uma oportunidade única para o Brasil demonstrar ao mundo os avanços no combate ao desmatamento e na transição para uma economia verde. Segundo ele, é fundamental que a Amazônia possa ser agente da nova economia, combinando conservação com desenvolvimento social.

“O Brasil tem a oportunidade de apresentar aquilo que está fazendo, aquilo que está realizando de forma assertiva. Tem a oportunidade de mostrar ao combate ao desmatamento, que apresenta números importantes de redução de desmatamento, às ações de economias verdes que possam permitir a transição do modelo econômico, e particularmente a Amazônia tem este desafio, de fazer com que o uso do solo seja de maneira sustentável, desde a pecuária por sustentabilidade, a produção de grãos por sustentabilidade, a agenda de restauro de áreas a partir de atividades produtivas como o cacau, como o açaí”, concluiu.